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Interior

Identificados mais 3 presos por morte de advogado e polícia caça outros 2

Helio de Freitas, de Dourados | 03/11/2014 15:01
Policial federal que estava com advogado no momento do roubo e teria trocado tiros com assaltantes prestou novo depoimento hoje (Foto Eliel Oliveira)
Policial federal que estava com advogado no momento do roubo e teria trocado tiros com assaltantes prestou novo depoimento hoje (Foto Eliel Oliveira)

Dos seis acusados de envolvimento no assalto que terminou com o assassinato do advogado Márcio Alexandre dos Santos, 36 anos, na madrugada do dia 26 de outubro em Dourados, a 233 km de Campo Grande, quatro estão presos e dois são procurados pela polícia.

Além de Isaque Daniel Gonçalves Baptista, 22 anos, que foi ferido no tiroteio entre os assaltantes e um policial federal amigo do advogado, estão presos Antonio Barbosa da Silva, Emerson Antunes Machado e Maycon Macedo da Silva. O Campo Grande News apurou que eles foram presos na semana passada em Dourados e estão no 1º Distrito Policial.

O bando também é acusado de tráfico e a caminhonete roubada do advogado teria sido encomendada por um receptador paraguaio e trocada por droga.

Isaque Baptista permanece internado, recuperando-se do ferimento à bala que sofreu na barriga. Ele teria sido deixado pelos comparsas no Hospital do Coração ainda na madrugada do dia 26. Depois foi levado pelo Samu (Serviço Móvel de Urgência) para o Hospital da Vida, onde passou por cirurgia.

Outros dois suspeitos continuam sendo procurados pela polícia. Um dos acusados teria participado do roubo e outro teria levado para o Paraguai a caminhonete de Márcio, uma Hilux SW4 de cor preta.

Nesta segunda-feira de manhã, o policial federal que estava com o advogado no momento do assalto prestou novo depoimento ao delegado titular do SIG (Serviço de Investigações Gerais), Adilson Stiguivitis. O policial era amigo do advogado e teria reagido ao assalto e trocado tiros com os assaltantes. Márcio Alexandre teria ficado no fogo cruzado e acabou atingindo por oito disparos.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da subseção da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) Márcio Fortini acompanhou o depoimento do agente federal e disse que nenhum detalhe novo foi apresentado. A polícia ainda aguarda os laudos da perícia para comprovar se o advogado foi morto por tiros de um dos assaltantes, do policial ou de ambos.

A polícia aguarda que Isaque Baptista tenha alta médica para fazer a reconstituição do assalto, o que deve ocorrer à noite, para esclarecer detalhes principalmente sobre o envolvimento do policial federal no episódio. Ainda hoje a Polícia Civil deve concluir e relatar o inquérito sobre o roubo e instaurar outro, para apurar o crime de homicídio.

Na semana passada o presidente da seccional da OAB em Mato Grosso do Sul, Júlio Cesar Souza Rodrigues, o presidente da subseção de Dourados Felipe Cazuo Azuma e outros advogados se reuniram com os delegados que cuidam do caso para cobrar rapidez nas investigações.

O caso – Márcio Alexandre e o amigo policial federal teriam passado a tarde e a noite de sábado, dia 25, numa festa de aniversário. Quando voltavam para casa, já na madrugada do dia 26, eles teriam parado e descido da caminhonete para urinar, na Rua Albino Torraca, próximo ao cruzamento com a Rua Ciro Melo.

Os assaltantes que estariam em um Gol teriam visto a cena e decidiram assaltar os dois. O policial reagiu e o advogado acabou atingido por oito tiros. Isaque contou que ficou próximo ao carro e quando percebeu já tinha sido atingido na barriga. Ele negou que soubesse dos planos dos amigos, mas disse que tinha usado droga naquela noite.

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