ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  18    CAMPO GRANDE 21º

Interior

Indígenas querem que Funai investigue morte de liderança Kadiwéu

Caroline Maldonado | 17/12/2014 12:39

Indígenas se reúnem nesta quinta-feira (18), às 10h, em frente à sede da Funai (Fundação Nacional do Índio), em Campo Grande, para pedir que o órgão investigue a morte de Ademir Matchua, ocorrida na quinta-feira (11), na Aldeia Alves de Barros, em Porto Murtinho, a 431 quilômetros de Campo Grande. Segundo moradores, o ex-cacique de 42 anos foi atingido a tiros por opositores políticos. No mesmo dia, o indígena Orácio Ferraz, 26 anos, foi morto por vingança.

O sobrinho de Ademir, Lourival Matchua, pretende solicitar audiência com a coordenadora regional da Funai, Ana Beatriz Lisboa. Ele aponta dois servidores da CTL (Coordenação Técnica Local) da Funai em Bonito como participantes no assassinato do tio.

Segundo Lourival, que é presidente da Acirk (Associação das Comunidades Indígenas da Reserva Kadiwéu), desavenças entre os servidores da Funai e a comunidade ocasionaram a morte de Ademir e de Orácio. Ele afirma que servidores envolvidos na morte de Ademir Matchua não compareceram ao trabalho e a CTL de Bonito está fechada, sem atendimento à comunidade.

“Queremos trazer estabilidade e paz para a Reserva Indígena Kadiwéu. Estamos vivendo uma situação de conflito permanente e nossas vidas correm perigo”, alerta Lourival. O presidente da entidade, acredita que a intervenção da Funai, MPF (Ministério Público Federal) e Polícia Federal na região é essencial para a segurança dos moradores.

Nos siga no Google Notícias