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Interior

Índio é preso por assassinato em aldeia e suspeita é de que integrava milícia

Priscilla Peres | 09/09/2014 15:26
Indígena de 14 anos foi assassinado no sábado. (Foto: Osvaldo Duarte/Dourados News)
Indígena de 14 anos foi assassinado no sábado. (Foto: Osvaldo Duarte/Dourados News)

A Polícia Civil de Dourados - distante 233 km de Campo Grande, prendeu em flagrante um indígena por homicídio doloso, acusado de matar um adolescente de 14 anos no sábado (6), na aldeia Bororó. Um vídeo gravado dias antes da execução do jovem mostra o acusado agredindo outros indígenas. A suspeita é que exista, entre os próprios índios, uma milícia atuando na aldeia.

Moradores da aldeia disseram ao site 94 FM Dourados, que o local se tornou uma terra sem lei, pois falta segurança e alguns indígenas, " onde quem manda é quem age com violência e impõe autoridade". O vídeo mostra cenas fortes de violência entre os indígenas.

O delegado regional de Dourados, Antônio Carlos Videira, explica que a segurança preventiva tanto da aldeia Bororó quanto da Jaguapiru é feita pela Polícia Federal, mas a Polícia Civil atende aos crimes ocorridos. "Nós sempre atendemos todos os casos e assim como os outros estamos investigando esse. Mas é fato que os indígenas tem uma lei própria e muitas vezes ele chamam a polícia após a ocorrência de algum crime e quando chegamos lá eles já capturaram o acusado", diz.

Antônio Carlos ainda destaca que as aldeias de Dourados tem uma situação diferente das demais do país, pois estão inseridas no contexto urbano do município e são maiores em termos populacionais que vários bairros. "Atualmente, as duas aldeias abrigam cerca de 16 mil índios e todos os crimes que acontecem lá refletem nos índices de Dourados".

De janeiro até ontem foram registrados sete homicídios em Dourados, de acordo com a Polícia Civil. "As principais ocorrências são lesão corporal, violência doméstica, estupro e homicídio. Geralmente são decorrentes do uso descontrolado de bebida alcoolica", diz o delegado.

A violência nas aldeias é um assunto constantemente discutido entre lideranças da região. "Na semana passada tivemos uma reunião com a Funai (Fundação Nacional do Índio) de Brasília, para discutir sobre a segurança nas aldeias", explica o delegado.

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