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Interior

Índios estão sem água potável há quatro meses e pedem socorro das autoridades

Caroline Maldonado | 25/08/2014 15:53
Comunidade está sem água até para as tarefas básicas do dia a dia. (Foto: Divulgação/MPF)
Comunidade está sem água até para as tarefas básicas do dia a dia. (Foto: Divulgação/MPF)

Há quatro meses, o poço artesiano que abastecia a comunidade indígena Arroyo Corá, localizada em Paranhos, a 469 quilômetros de Campo Grande, desmoronou e as famílias sofrem com doenças decorrentes da ingestão de água contaminada do rio Tubucu, segundo o cacique Dionísio Albuquerque. De acordo dom a liderança, as autoridades já foram informadas, inclusive o MPF (Ministério Público Federal), mas nada foi feito para soluciona o problema.

De acordo com um dos moradores, Otoniel Ricardo, boa parte das 1.600 famílias que vivem na aldeia está com diarreia e vômitos. “Principalmente as crianças estão passando muito mal e vão ao posto, mas não resolve porque continua tomando água suja”, contou o Kaiowá, que é membro da assembleia dos Guarani, Aty Guasu.

O poço feito pela Funasa (Fundação Municipal de Saúde), há cerca de 10 anos, agora é de responsabilidade da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena). Segundo Otoniel, a princípio estragou a bomba de água e mais tarde o poço desmoronou.

A única opção dos indígenas Guarani Kaiowá é usar a água do rio para higiene e para consumo. “Todos os dias, 24 horas por dia as pessoas tem que ir buscar água com balde e galão no rio, porque é o único jeito”, conta o cacique.

O consumo da água do rio preocupa a comunidade, pois podem haver vestígios de defensivos agrícolas no leito, segundo Dionísio. “Como tem lavoura da fazenda perto tem ainda esse risco”. A comunidade Arroyo Corá tem aproximadamente 1.600 pessoas, quem vivem em uma área de mais de 3 mil hectares, de um total de 7 mil que foi homologada, conforme Otoniel.

Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Sesai informou que deve se manifestar sobre o caso até amanhã (26).

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