Juiz determina volta para Dourados de policial federal que matou PM
O juiz Tadashi Kuramoto, substituto da 3ª Vara Criminal de Dourados, determinou hoje que o policial federal Lenardo de Lima Pacheco, de 38 anos, que matou um policial militar e feriu outro no dia 8 de maio, volte para Dourados após o dia 13 de julho, quando termina o prazo para o tratamento médico que o agente foi fazer em Belo Horizonte (MG). A decisão do magistrado foi em resposta ao pedido de autorização feito pela defesa de Leonardo para que ele permanecesse por mais de 8 dias na cidade onde vive a esposa, o filho e os pais.
O despacho veio só agora, apesar de o pedido ter sido feito logo após Leonardo ter obtido a liberdade provisória, na semana seguinte ao crime.
O policial alegou que precisava ir para Minas Gerais para se tratar do ferimento a bela que sofreu durante a confusão que resultou na morte do policial Sandro Morel e no baleamento do também PM José Pereira.
O Ministério Público Estadual manifestou-se contrário ao afastamento do policial de Dourados, alegando que a recuperação poderia ser feita na cidade. Para o promotor do caso, Elcio D´Angelo, não fazia sentido Leonardo pedir para ficar próximo da família, uma vez que já vivia longe deles antes do episódio.
O agente está em Belo Horizonte desde o dia 18 de maio, conforme bilhete anexado ao processo. No despacho de hoje, o juiz autorizou a permanência dele na cidade até 13 julho, mas salientou que ele depois disso, ele deve retornar para Mato Grosso do Sul.
Permanecer na cidade durante o andamento do processo foi uma das condições impostas no despacho que concedeu a liberdade provisória,assinado por outro magistrado, Adriano da Rosa Bastos.
A Polícia Federal, em ofício anexado ao processo, afirmou que considera insegura a presença de Leonardo na cidade, mas o juiz que despachou decidiu que ele deve ficar na cidade.