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Interior

Conselho denuncia ao MPT trabalho escravo contra menina de 13 anos

Liana Feitosa | 24/07/2014 18:47
Conselheiro acompanhou retirada de menina de família que a mantinha em regime de escravidão. (Foto: ExpressãoMS)
Conselheiro acompanhou retirada de menina de família que a mantinha em regime de escravidão. (Foto: ExpressãoMS)

Uma família maranhense, que reside em Três Lagoas há quatro anos, vai ser investigada pelo MPT (Ministério Público do Trabalho) por manter uma menina de 13, também do Maranhão, como empregada doméstica e babá. A jovem recebia R$ 200 por mês para cuidar do bebê da família, de apenas cinco meses, e sofria há dois meses com condições precárias de vida. Durante as refeições, era mantida fora da residência e só podia se alimentar, com o que sobrava, após a família terminar de comer.

De acordo conselheiro tutelar Davis Martinelli, que acompanhou a retirada da menina vítima de trabalho infantil, o caso será encaminhado amanhã para a Polícia Civil, MPE (Ministério Público Estadual) e MPT (Ministério Público do Trabalho).

O caso - O Conselho Tutelar foi informado do caso quando vizinhos notaram que a menina, apesar de estar em idade escolar, não ia a nenhuma escola. Após ser procurada pelos vizinhos, a responsável pela família decidiu ir até uma escola, mas, como não é a mãe da adolescente, foi orientada a conseguir uma autorização do Conselho Tutelar para efetuar a matrícula. “Ela veio até o conselho e solicitou o documento, mas como desconfiamos da situação, pedimos a ela que trouxesse a menina”, contou Martinelli ao jornal ExpressãoMS.

No Conselho, a menina disse que era bem tratada pela família. No entanto, após alguns minutos de conversa, acabou confessando, emocionada, que trabalhava muito. A menina foi levada para a Casa Acolhedora, em Três Lagoas.

De acordo com o jornal, uma triagem social será feita para conhecer as condições da família da menina. O levantamento deve se estender por seis meses. Até lá, a adolescente permanecerá na Casa Acolhedora, em Três Lagoas.

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