ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, QUINTA  28    CAMPO GRANDE 29º

Interior

Justiça manda Funai despejar índios de outro sítio invadido há três meses

Liminar foi assinada pelo juiz da 1ª Vara Federal, mas, assim com as anteriores, não prevê uso de força policial para cumprir reintegração

Helio de Freitas, de Dourados | 20/07/2016 10:11
Sítio ocupado por índios em Dourados (Foto: Arquivo)
Sítio ocupado por índios em Dourados (Foto: Arquivo)

A Justiça Federal concedeu liminar de reintegração de posse de mais um sítio invadido por índios em Dourados, a 233 km de Campo Grande. Dessa vez, a decisão provisória foi expedida pelo juiz substituto da 1ª Vara Federal, Fábio Kaiut Nunes e beneficia Adelina Oshiro, proprietária do sítio ocupado no dia 5 de abril.

Na semana passada, a Justiça concedeu liminar determinando a reintegração de posse da propriedade do agricultor Nobuaki Sasaki, localizada na margem do anel viário, entre a MS-156 e BR-163. O sítio de Adelina Oshiro fica ao lado.

Em abril, o juiz federal Jânio Roberto dos Santos já tinha determinado a reintegração de cinco propriedades, localizadas nos fundos da Unigran, mas a ordem judicial até agora não foi cumprida.

Multa – Assim como a decisão da semana passada, o juiz federal determinou que a Funai retire os índios do sítio de Adelina Oshiro dentro de 20 dias. Se a ordem não for cumprida, estipulou multa diária de R$ 50 mil à Funai, de R$ 1.000 ao presidente nacional do órgão e de R$ 500 ao representante da Funai em Dourados.

Também a exemplo das decisões anteriores, o magistrado federal não determinou o uso de força policial para o despejo dos índios caso não saiam pacificamente da propriedade. Para os donos das propriedades, dificilmente a liminar será cumprida, já que a primeira saiu há três meses e até agora os índios continuam invadidos.

Em junho, o juiz Janio Roberto dos Santos se reuniu com os sitiantes e disse que, apesar de saber as terras não são indígenas, não iria mandar a polícia fazer a retirada para não causar uma tragédia.

Nos siga no Google Notícias