ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 32º

Interior

Justiça mantém bloqueio de bens da Petrobras para pagar empresários

Priscilla Peres | 22/10/2015 10:26
Obra está paralisada há quase um ano, com 82% concluída. (Foto: Perfil News)
Obra está paralisada há quase um ano, com 82% concluída. (Foto: Perfil News)

Há dez meses empresários de Três Lagoas - distante 338 km de Campo Grande, brigam pelo pagamento de R$ 36 milhões referentes a contratos firmados para a construção da UFN 3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados). A cobrança chegou a esfera judicial em maio com o pedido do bloqueio de bens das empresas responsáveis pela obra e que se arrasta até hoje.

Nesta semana, decisão decisão unânime do TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) negou o recurso ao embargo dos bens da Galvão Engenharia S/A e Sinopec Petroleum do Brasil LTDA, que formavam o consórcio contratado pela Petrobras. A Ação Civil Pública movida pelas entidades e classe empresarial pediu o bloqueio de R$ 36 milhões das três empresas.

Para a decisão de manter o embargo, a Justiça levou em consideração que para se instalar em Três Lagoas a empresa recebeu diversos investimentos da classe empresarial e do município, diante do potencial promissor do empreendimento. Porém, após períodos conturbados de falta de pagamento de funcionários, em dezembro de 2014 a Petrobras reincidiu contrato com o Consórcio que por sua vez, contratou os empresários e microempresários do Estado.

A paralisação das obras gerou grande impacto econômico no município, afetando desde os empresários que forneciam para a obra até proprietários de hoteis e restaurantes que atendiam os funcionários. Por lei a Petrobras não tem obrigação de arcar com os compromissos financeiros que suas terceirizadas assumiram com empresas, porém tanto a Galvão Engenharia quanto a Sinopec não tinham recursos para pagar a dívida.

Por isso, em maio desse ano a FAEMS (Federação das Associações Empresariais de MS) e Associação Comercial e Industrial de Três Lagoas optaram pela ação conjunta. “Com a manutenção do bloqueio de bens por parte do TJMS, o processo retorna à Comarca de Três Lagoas, onde a questão terá o devido andamento”, destaca o advogado da ACI de Três Lagoas, Victor Garcia Vida de Oliveira Vieira.

Nos siga no Google Notícias