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Líder do PCC foi preso ao entrar no Brasil para encontrar prostituta de luxo

Com passagens por 48 presídios brasileiros, Everton Forcel se escondia em Pedro Juan, mas foi preso pelo DOF em Ponta Porã, ao encontrar garota de programa que ganhava R$ 3 mil por semana

Helio de Freitas, de Dourados | 22/09/2015 10:34
Ivani Esquiavel Ferreira ganhava R$ 3 mil por semana de líder do PCC (Foto: Sidney Bronka/94 FM)
Ivani Esquiavel Ferreira ganhava R$ 3 mil por semana de líder do PCC (Foto: Sidney Bronka/94 FM)
Saveiro usada por Ivani foi “presente” do namorado traficante (Foto: Divulgação/DOF)
Saveiro usada por Ivani foi “presente” do namorado traficante (Foto: Divulgação/DOF)

Everton Alexandre Forcel, conhecido como “Velhote” e “Pinguim”, 39 anos, preso nesta segunda-feira em Mato Grosso do Sul e apontado como um dos chefes nacionais da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), mantinha uma prostituta de luxo numa casa na periferia de Ponta Porã, a 323 quilômetros de Campo Grande.

Ivani Esquiavel Ferreira, 32 anos, ganhava R$ 3 mil por semana para atender Everto Forcel e ainda tinha à sua disposição uma picape Saveiro vermelha, um presente do “namorado”. Ivani foi encontrada na casa onde Everton foi preso.

Segundo o DOF, ela também colaborava com o tráfico, cuidando da casa onde foram encontrados 2.030 kg de maconha. Inicialmente, Ivani mentiu o nome para os policiais, apresentando-se como Carol Ferreira, e disse que estava na casa apenas para um programa, mas sua verdadeira identidade foi descoberta e ela confessou ligação com o traficante. Assim como o “namorado”, foi autuada em flagrante por tráfico.

Cabeça do PCC – De acordo com o DOF, Everton Forcel era um forte distribuidor de maconha da fronteira com o Paraguai e exercia papel de liderança na organização criminosa originada em cadeias paulistas, mas que atualmente está presente em presídios de todo o país.

Natural de São José do Rio Preto, Forcel passou por 48 presídios brasileiros até se instalar em Pedro Juan Caballero e assumir o comando do braço do PCC voltado para o tráfico de drogas. Contra ele existia um mandado de prisão por tráfico, expedido pela comarca de Rio Preto.

Da base em território paraguaio, Forcel mandava drogas para Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. As duas toneladas encontradas na casa onde Forcel foi preso seriam levadas para Araraquara (SP).

No local os policiais apreenderam uma caminhonete Toyota SW4 preta, com placa de Campo Grande, com 1.050 quilos de maconha. Em um cômodo da residência foram encontrados outros 980 quilos.

Baixou a guarda – A distribuição de maconha tendo uma residência de Ponta Porã como entreposto já vinha sendo investigado pelo DOF, mas os policiais não conseguiam flagrar o chefe do esquema. Everton Alexandre Forcel evitava entrar em território brasileiro e quando saía de Pedro Juan andava escoltado por homens armados com fuzis e em carro blindado. Mas nesta segunda-feira ele “baixou a guarda”.

Policiais que participaram da operação acreditam que Everton Forcel foi à residência no bairro Residencial Ponta Porã I para conferir como estava a preparação do carregamento que seria mandado para o interior paulista e para encontrar Ivani Ferreira. Os guarda-costas não estavam com ele e Forcel foi preso sem resistência.

Enquanto o DOF fazia a prisão de Forcel, dois carros passaram em alta velocidade em frente ao local. Possivelmente seriam da escolta do líder do PCC, segundo os policiais, mas não tiveram tempo de reagir. Além das equipes do DOF, o local estava cercado por policiais militares do 4º Batalhão da PM em Ponta Porã, que apoiaram a operação.

Forcel e a “namorada” foram encaminhados para Dourados sob forte esquema de segurança. Os dois estão na Defron (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira), onde foram autuados, ele por tráfico de drogas e ela por associação ao tráfico.

Everton Alexandre Forcel, o “Pinguim”, comandava braço do tráfico do PCC na fronteira (Foto: Sidney Bronka/94 FM)
Everton Alexandre Forcel, o “Pinguim”, comandava braço do tráfico do PCC na fronteira (Foto: Sidney Bronka/94 FM)
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