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Interior

Líder indígena foi executado em ataque contra acampamento em Amambai

Fabiano Arruda | 18/11/2011 15:20
Corpo de Nísio, no centro da foto, teria sido levado pelos pistoleiros. (Foto: Cimi)
Corpo de Nísio, no centro da foto, teria sido levado pelos pistoleiros. (Foto: Cimi)

O líder indígena Nísio Gomes, 59 anos, foi assassinado na manhã desta sexta-feira, por volta das 6h30, durante ataque de pistoleiros fortemente armados contra a comunidade Kaiowá Guarani, do acampamento Tekoha Guaiviry, em Amambai.

Segundo informações do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), pelo menos 40 homens estariam envolvidos no ataque. Cerca de 60 indígenas moram no local.

Nísio foi executado com tiros de calibre 12 e, depois de morto, o corpo foi levado pelos pistoleiros. Os disparos teriam atingido cabeça, peito, braço e pernas.

Informações preliminares apontam que os autores teriam seqüestrado dois jovens e uma criança e assassinado uma mulher a uma criança.

Ainda conforme informações do Cimi, os homens estavam com m máscaras, jaquetas escuras e pediram para todos deitarem no chão durante o ataque.

O líder indígena foi executado em frente ao filho, que ainda tentou impedir e foi contido com tiros de bala de borracha, informa o Cimi, acrescentando que a ação dos pistoleiros foi respaldada por cerca de uma dezena de caminhonetes – marcas Hilux e S-10 nas cores preta, vermelha e verde. Na caçamba de uma delas o corpo do cacique Nísio foi levado.

Segundo informações de movimento político guarani-kaiowá, a área de Guaiviry é uma das que foi incluída nos processos de identificação de terras indígenas iniciados em MS pela Funai em 2008, e o relatório está em fase de conclusão. Os indígenas ocuparam a área onde aconteceu o conflito há cerca de 15 dias e já vinham recebendo visitas da Funai e da Polícia Federal. Ainda assim, como vem acontecendo em outras áreas em conflito, isso não tem sido suficiente para coibir as agressões realizadas por homens armados a serviço dos fazendeiros da região, reclama o movimento.

A Funai de Ponta Porã acionou Ministério Público Federal e Polícia Federal nesta sexta.

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