Marinha acredita que soldado estava bêbado quando pulou em rio e desapareceu
Soldado da Marinha brasileira que desapareceu no Rio Paraguai, na cidade de Porto Murtinho, a 431 quilômetros de Campo Grande, ingeriu bebida alcoólica durante período de folga e retornou ao navio Almirante Leverger, onde servia, em estado alterado, segundo comandante do 6º Distrito Naval de Ladário.
Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (11), o contra-almirante Petrônio Augusto Siqueira de Aguiar afirmou que o navio seguia viagem para o Paraguai e ficaria atracado apenas um dia em Porto Murtinho, na sexta-feira (8), e deixaria o local no sábado, dia 9, segundo o jornal Diário Corumbaense.
Bebida - “Patrick, em período de folga, ingeriu bebida alcoólica e retornou em estado alterado para o navio Leverger, onde servia, acompanhado de seus colegas e decidiu tomar banho de rio. O militar se jogou perto de um dos navios que estava atracado", disse o comandante.
"Os militares que estavam de serviço presenciaram a cena e jogaram boias e até mangueiras de incêndio para resgatá-lo, o que não foi possível e houve o desaparecimento do marinheiro”, disse.
Buscas - Dezesseis militares participaram das buscas pelo soldado Patrick Anthony Vilagra Correa, de 20 anos. Foram 10 militares do Corpo de Bombeiros, sendo 2 mergulhadores. Polícia Ambiental, com 2 militares e 1 lancha e apenas os mergulhadores interromperam as buscas durante a noite devido à visibilidade. Mas outras embarcações continuaram os serviços.
Foram empregados 16 militares nas buscas, sendo 6 mergulhadores, além de embarcações. O corpo do militar foi encontrado na manhã desta segunda-feira (11), a 30 quilômetros de distância de Porto Murtinho.
Exames - O corpo de Patrick foi levado para a cidade de Jardim, já que Porto Murtinho não tem Instituto Médico Legal. O corpo será periciado e, depois, liberado para translado até Corumbá, o que deve ocorrer nesta terça-feira (12), ainda de acordo com o Diário Corumbaense.
Inquérito militar foi aberto e será concluído em até 40 dias. Serão ouvidos os militares que estavam de serviço e que acompanhavam o marinheiro no período de folga dele.
Inquérito - “Não temos a informação de que o militar tinha algum distúrbio. Existe um processo em aberto no navio onde ele servia e os militares que presenciaram os fatos, relataram que a alteração é provavelmente proveniente de alto teor alcoólico", afirmou o comandante.
"Quando for detectada a causa da morte, que provavelmente será afogamento, teremos fatores químicos para termos uma certeza absoluta e para não ter mais dúvida do que estamos falando”, completou.