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Interior

Médicos denunciam irregularidades e ameaçam parar por falta de salário

Priscilla Peres | 26/01/2015 16:35
Hospital atende seis municípios da região. (Foto: Divulgação)
Hospital atende seis municípios da região. (Foto: Divulgação)

Quase 50 médicos que atuam no Hospital Regional de Aquidauana - distante 135 km de Campo Grande, ameaçam paralisar as atividades devido ao atraso de dois meses de seus salários. O município afirma que não tem condições financeiras de fazer o pagamento e aguarda repasses estaduais e federais para quitar a dívida que ja soma R$ 1 milhão.

Médicos, a diretoria do hospital, a prefeitura, promotoria e vereadores estão reunidos nesta tarde, para tentar entrar em um acordo, sem prejudicar os pacientes. O Hospital Regional, que está sob intervenção do município, atende a seis municípios, totalizando 127 mil pessoas, ou 5,2% da população do Estado.

Os médicos que pedem por seus salários e reivindicam melhorias, fizeram uma carta de reclamação aberta aos órgãos competentes. Nela, os médicos fazem uma série de denúncias graves, que vão além do atraso de salários, eles afirmam que faltam materiais e exames básicos para o atendimento.

Além de que, com salários atrasados há meses, muitos plantonistas estão deixando de atender no local, o que compromete a qualidade do serviço prestado e muitas vezes prejudica os pacientes, que precisam ser levados para tratamento em Campo Grande, devido a falta de recursos no local.

A diretora do hospital, Ana Lucia Guimarães explica que o pagamento dos 46 médicos que atuam no município é feito com recursos repassados pelo governo estadual e federal, sendo R$ 185 mil e R$ 733 mil por mês, respectivamente. A dívida com os médicos já soma R$ 1,100 milhão.

Porém, esses valores deixaram de ser repassados nos últimos meses. "Já conversei com o Estado e eles ficaram de me dar uma posição. A prefeitura não tem recursos financeiros. Vamos fazer essa reunião para tentar negociar por melhorias", afirma Ana Lúcia ao confirmar que a situação da saúde do município é complicada.

Procurado pelo Campo Grande News, o governo do Estado ainda não se manifestou sobre o motivo de não ter feito o repasse para o hospital.

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