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Interior

Ministro pede acordo de paz e define áreas prioritárias de conflito indígena

Priscilla Peres | 05/11/2015 10:00
Exército está em área de conflito há mais de dois meses. (Foto: Eliel Oliveira)
Exército está em área de conflito há mais de dois meses. (Foto: Eliel Oliveira)

Dois meses após vir à Campo Grande e propor que fossem definidas cinco áreas de conflito indígena eminente em MS, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, entrou em um acordo com representantes indígenas e produtores rurais sobre quais regiões serão prioridades nas discussões em prol de solução.

De acordo com o governo do Estado, a reunião aconteceu ontem e as áreas definidas foram Cachoeirinha, localizada no município Miranda, onde vivem os indígenas Terena; Arroio Korá, no município de Paranhos, e Ñanderu Marangatu, no município Antônio João, áreas com a presença da etnia Guarani Kaiowá; Potrero Guaçu, também no município de Paranhos, área dos Guarani Ñandeva; e Guyraroka, no município Caarapó.

A partir de agora, a AGU (Advocacia-Geral da União) vai avaliar os processos judiciais e a titulação dessas áreas visando encontrar uma solução imediata que evite a judicialização. Ainda de acordo com o governo, o ministro propôs um pacto de paz na região para que não seja mais necessária a presença do Exército na área. Indígenas e produtores rurais concordaram com a proposta

Exército - Desde a morte do líder indígena Semião Fernandes Vilhalva, 24, no fim de agosto, o Exército ocupa as áreas de conflito em Antônio João - distante 279 km de Campo Grande. O pedido de permanência dos militares no local para acalmar os ânimos, tem sido renovado sempre quando termina.

Na semana passada o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) pediu à presidência da República a continuidade dos trabalhos na fronteira, mas teve o pedido atendido apenas por mais 11 dias. Os militares ficarão na região apenas até o dia 15 de novembro.

O clima por lá continua bem tenso, principalmente depois do pedido de reintegração de posse feito pelos produtores rurais ter sido suspenso de última hora pelo STF (Supremo Tribunal Federal), no dia 21 de outubro.

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