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Interior

Movimento ocupa fazenda e Incra diz que espera resposta do Governo Federal

Caroline Maldonado | 21/12/2015 14:20

Integrantes do FNL (Força Nacional de Luta) e MAF (Movimento da Agricultura Familiar) ocuparam uma propriedade rural em Terenos, a 25 quilômetros de Campo Grande. Segundo o líder dos movimentos, Rodionei Merlin, cerca de 300 famílias estão na fazenda Sonho Real desde ontem (20) as 17h e só saem do local caso seja retomada negociação sobre a inclusão da área de 2 mil hectares na reforma agrária.

O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) informou que tem conhecimento da ocupação, mas não há possibilidade de negociar neste momento. Por meio da assessoria, o órgão disse que já existem várias áreas vistoriadas, inclusive com processo em Brasília para análise e espera a decisão do Governo Federal.

O proprietário da fazenda já conversou com os manifestantes e seguiu para a cidade para acionar a polícia. Segundo Rodionei, as negociações começaram há um ano e meio, mas não foram para frente, porque o Governo Federal não liberou recurso para a compra da área. “Começamos a negociar com o Incra, na gestão do superintendente anterior e eles prometeram que a fazenda entraria para a reforma e a gente seria assentado aqui, mas aí o governo não pagou”, comentou Rodionei.

Os manifestantes alegam que não deixarão o local até a chegada de representantes do Incra e do Governo do Estado. “Não vamos sair daqui tão cedo, só com a retomada das negociações. Estamos fazendo pressão para que isso aconteça e sejam assentadas essas famílias que estão esperando por anos”, garantiu o representante.

Pressão - Cerca de 250 integrantes da FNL ocuparam a superintendência regional do Incra, em Campo Grande, na última terça-feira (15). Essa foi a quarta vez que a sede do órgão foi ocupada neste ano.

Eles reclamaram de descaso com a reforma agrária e do não cadastramento de trabalhadores rurais que começou e logo parou. Na ocasião, o superintendente do Incra, Humberto de Mello Pereira, disse que os cadastramentos de trabalhadores estão sendo feitos.

O movimento também cobra vistorias permanentes em áreas improdutivas. Na pauta de reivindicações estão também o pedido de retorno de valores do ITR (Importo Territorial Rural) para o Incra; a liberação de investimentos para os assentados para fomento, habitação, e cartas de créditos do Pronaf (Programa Nacional de Apoio a Agricultura Familiar).

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