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Interior

MP abre mais 7 investigações contra prefeito que fez famílias enterrarem mortos

Liana Feitosa | 25/06/2015 10:54
No mês passado, Justiça determinou indisponibilidade dos bens, quebra dos sigilos bancário e fiscal do prefeito. (Foto: Divulgação / Prefeitura)
No mês passado, Justiça determinou indisponibilidade dos bens, quebra dos sigilos bancário e fiscal do prefeito. (Foto: Divulgação / Prefeitura)

O MPE/MS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul) instaurou sete inquéritos civis para apurar uma série de irregularidades no município de Bandeirantes, a 70 quilômetros de Campo Grande. Em todos os casos o MPE quer apurar denúncias contra a prefeitura da cidade. Os editais estão no Diário Oficial do órgão desta quinta-feira (25).

Uma das investigações quer verificar possível prática de improbidade administrativa (ato que causa lesão ao patrimônio público ou gera enriquecimento ilícito) adotada pelo prefeito Márcio Faustino de Queiroz (PSD).

Enterro - De acordo com o texto do MPE, o prefeito deixou de providenciar serviços de coveiro e outras ações necessárias para enterrar os corpos de Diego Viegas Rodrigues e Reginaldo Pereira Barbosa no cemitério municipal.

Os dois foram vítimas de acidente automobilístico na BR-163 no dia 15 de maio de 2014. Diego, de 26 anos, conduzia um Ford Fiesta que colidiu de frente com uma carreta. Ele trabalhava como mecânico em Bandeirantes. Já Reginaldo tinha 25 anos e estava no bando do passageiro, ao lado do condutor.

Indícios - Existem também indícios de que a prefeitura esteja mantendo "funcionários fantasmas". Consta que dois servidores públicos municipais recebem remuneração sem nunca terem desempenhado funções no município. Além disso, o Ministério Público quer apurar eventual acúmulo de remuneração e cargos por outro servidor.

O MPE também vai apurar irregularidades no pagamento de verba alimentícia, que deve ser descontada diretamente no holerite do servidor, além de possível utilização de máquinas e equipamentos públicos em obra particular para a construção de um aeroporto na Fazenda Santarém.

Por fim, o Ministério Público também quer investigar a ausência de instalação de rede de distribuição de energia elétrica no loteamento “Mansões Palomar”, que fica na BR-163, perto do km 503.

O Campo Grande News entrou em contato com o prefeito, Márcio Faustino, para falar sobre os inquéritos civis. Em resposta, o gestor municipal afirmou apenas que "se querem investigar, que investiguem", e disse que se sente "absolutamente tranquilo quanto a isso".

Bloqueio dos bens - Em maio deste ano, a Justiça decidiu pelo afastamento cautelar do prefeito e do a pedido do MPE. A decisão foi uma resposta à uma ação civil pública de improbidade administrativa movida pelo MPE contra Faustino.

A Justiça ainda determinou a indisponibilidade dos bens do prefeito e de outro servidor, assim como a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Faustino.

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