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Interior

MPE denuncia 45 pessoas ligadas a quadrilha chefiada pelo PCC

Liana Feitosa | 03/02/2015 12:39
Envolvidos na quadrilha, segundo a polícia: Rafael Santos da Silva de 27 anos, vulgo Guerrinha; Claudineis da Silva Flor de 32 anos, vulgo Chumbinho; Rodrigo Ramos dos Santos de 30 anos, vulgo Macaco; Tiago Teixeira Matos de 18 anos, vulgo Vermelho e Edinei Pedroso de Moraes de 32 anos, vulgo Neno (Foto: PC/Divulgação)
Envolvidos na quadrilha, segundo a polícia: Rafael Santos da Silva de 27 anos, vulgo Guerrinha; Claudineis da Silva Flor de 32 anos, vulgo Chumbinho; Rodrigo Ramos dos Santos de 30 anos, vulgo Macaco; Tiago Teixeira Matos de 18 anos, vulgo Vermelho e Edinei Pedroso de Moraes de 32 anos, vulgo Neno (Foto: PC/Divulgação)

Após investigação da Polícia Civil, o MPE (Ministério Público do Estado) de Mato Grosso do Sul ofereceu denúncia contra 45 pessoas acusadas de fazer parte de organização criminosa ligada ao PCC (Primeiro Comando da Capital) e que, segundo o órgão, desde o início de 2014 atuava em Nova Andradina, cidade a 300 quilômetros de Campo Grande.

O processo criminal tramita na Vara Criminal da cidade. Ao todo, 22 pessoas foram denunciadas pelo crime de organização criminosa, 18 pela prática do crime de associação para o tráfico, quatro por comércio ilegal de armas de fogo e uma por tráfico de drogas.

Segundo o MPE, todos os envolvidos tiveram suas prisões preventivas decretadas, sendo que 20 estão presos e, dois, foragidos. Dos envolvidos, 14 respondem ou já foram condenados pela prática de tráfico de drogas, cinco pelo crime de porte ilegal de arma de fogo, quatro por roubo, dois por latrocínio tentado e dois por homicídio.

Operação - A operação policial "Plumbum", que desencadeou a denúncia feita pelo MPE, durou cerca de sete meses e acompanhou a rotina dos envolvidos, o que reuniu provas para que o Ministério Público que constituísse a denúncia. O termo em latim "plumbum" faz referência ao chumbo, apelido de um dos líderes da organização.

Durante a operação foi interceptado um carregamento de cerca de 2,5 toneladas de maconha. Também foram apreendidas armas de fogo, munições, veículos e outros bens.

Ainda de acordo com o MPE, a quadrilha funcionava por meio de células ou núcleos operacionais com funções claramente identificáveis e distintas, mas sempre interligadas.

Organização da quadrilha - O primeiro núcleo era formado apenas por membros ou simpatizantes do PCC, que exerciam a função de "disciplinas" na cidade e eram responsáveis por fazer valer as ordens dadas pela liderança da facção e garantir o cumprimento dessas ordens.

O segundo núcleo era responsável por traficar drogas da fronteira do Paraguai e manter em depósito em um assentamento do distrito de Nova Casa Verde, em Nova Andradina. Depois, o grupo entregava os entorpecentes aos distribuidores e proprietários de bocas-de-fumo locais ou encaminhava as mercadorias a outras partes do Brasil.

O terceiro núcleo era formado por membros de uma mesma família que eram responsáveis por grande parte da venda de drogas em Nova Andradina, em especial nos Bairros Argemiro Ortega e Morada do Sol. Além disso, atuavam no comércio ilegal de armas de fogo que, depois de adquiridas, eram repassadas principalmente para adolescentes, que as usavam para cometer crimes.

Ainda de acordo com o MPE, o quarto núcleo cuidava do transporte da droga, além do apoio operacional e logístico dado aos demais integrantes da organização. Os integrantes desse grupo atuavam como motoristas de carregamentos de drogas e, também, como “batedores”. Além disso, praticavam crimes patrimoniais e forneciam apoio logístico para os demais membros da organização.

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