ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 23º

Interior

No Paraguai, presidente também descarta reforçar segurança na fronteira

Do lado brasileiro, Exército não irá agir por falta de recursos financeiros e vontade política do Congresso Nacional, segundo ministro da Defesa

Leandro Abreu | 17/06/2016 18:51
Empresário e narcotraficante Jorge Rafaat Toumani foi executado na noite de quarta-feira (15), no centro de Pedro Juan Caballero, no Paraguai. (Foto: Direto das Ruas)
Empresário e narcotraficante Jorge Rafaat Toumani foi executado na noite de quarta-feira (15), no centro de Pedro Juan Caballero, no Paraguai. (Foto: Direto das Ruas)

A fronteira entre Brasil e Paraguai, onde as cidades de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero se encontram, deve continuar sem nenhum reforço militar, até mesmo do lado paraguaio. Mesmo após o atentado contra o empresário e narcotraficante Jorge Rafaat Toumani na noite de quarta-feira (15), no centro da cidade paraguaia, o Presidente da República do Paraguai Horacio Cartes e o Ministério da Defesa do Brasil negaram enviar reforço militar à região.

De acordo com o site paraguaio Capitanbado.com, o coronel Jorge Mieres, que é diretor de comunicações das Forças Militares paraguaias, afirmou que não há nenhuma ordem do presidente para que haja reforço na segurança da região de fronteira, mesmo após a emboscada e morte de Rafaat.

Sem reforço paraguaio, a fronteira deve continuar “sem controle”, pois do lado brasileiro também não há nenhuma previsão de ampliação na fiscalização e segurança dos militares. Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (17), o ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que não há dinheiro para aumentar o efetivo do Exército Brasileiro em Ponta Porã.

“Estamos engessados por falta de recursos. O Brasil vive uma estagnação financeira e isso tudo reflete na questão de aumentar efetivamente a fiscalização na fronteira. O Exército dispõe de recursos humanos, logística e demais predicados para fazer esse trabalho e não falta vontade da parte do Ministério da Defesa, mas sim a liberação de recursos que emperra no Congresso Nacional”, disse.

Por enquanto, a única atuação militar na fronteira do Brasil com o Paraguai é por parte da Operação Ágata 11, em que o Exército, Marinha e Força Aérea atuam em fiscalizações para diminuir crimes fronteiriços, mas sem atuar de forma mais ampla na segurança da região, até que uma ordem de Brasília chegue.

Nos siga no Google Notícias