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Interior

Operação muda a rotina e moradores saem às ruas para acompanhar

Priscilla Peres Viviane Oliveira | 10/08/2016 10:56
Moradores formam rodas nas esquinas para comentar os acontecimentos. (Foto: Simão Nogueira)
Moradores formam rodas nas esquinas para comentar os acontecimentos. (Foto: Simão Nogueira)

A cidade de pouco mais de 6 mil habitantes amanheceu movimentada nesta quarta-feira (08). Jaraguari - localizada a 44 km de Campo Grande, é alvo de uma operação da Polícia Civil que investiga desvios de recursos públicos por parte da prefeitura e da Câmara de Vereadores.

As equipes chegaram ao município em várias viaturas às 6h e desde então, o número de pessoas nas ruas, curiosas com os acontecimentos só aumenta. Em meio a movimentação, a população fala em boatos e tenta confirmar se é "corrupção", o motivo de tantos policiais nas ruas.

"O comentário aqui é que é denúncia de corrupção. Para mim não é surpresa nenhuma, acho até que demorou. Mas isso fica feio para a cidade, tão pequena e com tantas denúncias envolvendo políticos", afirma o comerciante Carlos Alberto Ferreira Nunes, 51.

Ele conta que a princípio achou que teria ocorrido algum assalto a agência do Banco do Brasil, localizada ao lado da prefeitura municipal. "Depois que fiquei sabendo que é uma operação", diz Carlos Alberto, que mora na cidade desde que nasceu.

Viaturas da polícia estão estacionadas em frente a prefeitura e da câmara, mas já passaram por vários locais a fim de cumprir 20 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça. A operação mudou a rotina da cidade. A prefeitura está fechada e a sessão da Câmara foi suspensa.

Susto maior foi do lavrador José Pereira da Silva, 69, que é pai do secrtário municipal de administração Jairo Perereira da Silva. Três policiais bateram em sua porta às 6h, procurando pir Jairo que mora em Campo Grande.

"Fiquei surpreso. Entraram aqui procurando meu filho que não mora mais aqui, mas recolheram documentos relacionados a prefeitura", conta ele assuntado com a situação, mas afirma que "deve haver algo de errado. "Quando se faz coisa errada, um dia a polícia descobre".

Enquanto a movimentação da polícia acontece, as rodinhas de pessoas se formam nas esquinas para tentar descobrir mais detalhes. A maioria, se recusa a comentar o assunto com a imprensa, já que os órgãos públicos empregam uma boa parte da população.

Como o motorista Orlando Pereira da Silva, 43, que há 12 anos é funcionário efetivo da prefeitura. Ele conta que está afastado da função há seis meses e hoje foi até a prefeitura para resolver uma pendência com o setor de Recursos Humanos.

Ao chegar lá, se deparou com as viaturas. "Nunca fiquei sabendo de nada, não tenho ideia do que esteja acontecendo, por que sempre trabalhei fora", afirma ele, ao lembrar que sempre atuou na área rural.

A Operação foi intitulada de Meteoro em alusão a música mais famosa do cantor Luan Santana, natural de Jaraguari.

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