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Interior

Paciente de oncologia morre depois de reação à medicamento em Corumbá

Terezinha precisou fazer transfusão de sangue após o ocorrido

Juliene Katayama | 28/02/2015 12:58

A paciente de oncologia Terezinha de Medeiros, de 82 anos, morreu na manhã deste sábado (28), no CTI do Hospital de Corumbá. Ela estava internada no Centro de Tratamento desde o dia 19 de fevereiro depois de sofrer reação a medicamentos utilizados em sessões de quimioterapia na Santa Casa de Corumbá.

Segundo o site Diário Corumbaense, Terezinha estava internada com Sebastião Rocha, de 47 anos, que, assim como ela, ficou com baixa imunidade (suscetíveis a infecções), a pele queimada, fortes enjoos e precisaram de transfusões de sangue após a medicação.

O diretor técnico do Hospital de Corumbá, Domingos Albaneze, disse que o quadro clínico de dona Terezinha era muito grave e ela não resistiu a uma complicação cardiológica. Já Sebastião Rocha, segundo o médico, está reagindo ao tratamento e o quadro clínico é estável.

O caso dos dois pacientes provocou a abertura de uma sindicância, no dia 20 de fevereiro para apurar uma possível falha na manipulação de quimioterápicos dos pacientes. “Nós temos fortes suspeitas de que tenha ocorrido falha no processo de manipulação dos remédios, na conclusão da sindicância é que teremos isso comprovado”, explicou Albaneze.

Na avaliação do diretor técnico, os “dois pacientes tiveram reações semelhantes e o que a gente nota é uma provável dose elevada do medicamento, resultando na baixa imunidade”.

A direção do hospital também afastou das funções o farmacêutico responsável pela manipulação dos medicamentos no setor de oncologia que estava na função há três meses. “Nós temos um lugar específico para essa manipulação, onde o profissional pega a prescrição do oncologista, prepara e entrega para a enfermagem fazer a aplicação”, explicou.

Além do farmacêutico, a sindicância vai ouvir as pessoas envolvidas no atendimento dos dois pacientes. De acordo com o diretor-técnico da Santa Casa, os procedimentos seguem normas e recomendações do Ministério da Saúde, Vigilância Sanitária e órgãos fiscalizadores. A Vigilância de Saúde do Estado também foi informada sobre o fato com os pacientes.

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