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Interior

Para pressionar Dilma, greve de servidores paralisa 100% da Justiça

Helio de Freitas, de Dourados | 20/07/2015 12:38
Servidores da Justiça Federal em Dourados; greve paralisa 100% dos serviços hoje e amanhã (Foto: Eliel Oliveira)
Servidores da Justiça Federal em Dourados; greve paralisa 100% dos serviços hoje e amanhã (Foto: Eliel Oliveira)

Servidores da Justiça Federal em Dourados, a 233 km de Campo Grande, paralisaram 100% das atividades nesta segunda-feira (20) e mantêm a mobilização amanhã. A medida faz parte da greve nacional da categoria e tem como objetivo pressionar a presidente Dilma Rousseff (PT) a sancionar o projeto de lei aprovado pelo Senado prevendo reajuste salarial de até 78,56%.

O prazo para a presidente vetar ou sancionar o projeto termina amanhã, mas o governo federal já sinalizou que o projeto será vetado. O governo afirma não ter dinheiro para conceder o aumento.

Júlio César da Luz Ferreira, do comando local de greve, disse ao Campo Grande News que todos os serviços ficarão parados hoje e amanhã na sede da Justiça Federal em Dourados, na Rua Ponta Porã. Servidores da Justiça do Trabalho e do Ministério Público Federal também aderiram.

“Todos os administrativos e os oficiais aderiram à greve de 100%. Os juízes estão trabalhando, mas são solidários a nosso movimento”, afirmou Ferreira. Segundo ele, apenas casos de extrema urgência serão atendidos. “Se o projeto for sancionado a greve acaba amanhã. Caso contrário, vai continuar, mas a partir de quarta-feira com 30% dos servidores trabalhando”, explicou.

O projeto de lei aprovado pelo Senado altera a tabela de vencimentos das carreiras do Poder Judiciário da União e determina reajuste variando, de acordo com a classe e o padrão do servidor, de 53,00% a 78,56%. Em média, corresponde a 59,49%. O aumento será implementado em seis parcelas sucessivas, entre julho de 2015 e dezembro de 2017.

Além do aumento, o projeto, elaborado pelo STF (Supremo Tribunal Federal), determina aos órgãos do Poder Judiciário da União a redução, no prazo de um ano, dos gastos com funções de confiança.

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