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Interior

Paralisação na UFGD ainda não afeta o Hospital Universitário de Dourados

Vanda Escalante | 15/06/2011 14:33

Comando de greve diz que atividades no hospital serão reduzidas gradativamente, mantendo o essencial.

Comando de greve prevê paralisação gradual na UFGD. (Fotos: Sista/UFGD)
Comando de greve prevê paralisação gradual na UFGD. (Fotos: Sista/UFGD)

O primeiro dia de greve dos funcionários técnico-administrativos da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) foi marcado por atividades de mobilização e início de um mapeamento dos setores para definir a redução gradativa das atividades e planejar esquema de revezamento para manter os serviços essenciais.

Dos 800 funcionários da UFG, 500 estão lotados no HU (Hospital Universitário) e os outro 300 atendem os serviços no restante dos departamentos. Do total, 500 são filiados ao Sista/UFGD (Sindicato dos Funcionários Técnico-Administrativos da UFGD).

De acordo com o coordenador do Sista, Franz Maciel Mendes, os efeitos da greve no hospital só devem ser sentidos dentro de um mês. “A decisão do comando de greve foi de que, diante do caos em que está a saúde de Dourados, vamos manter o atendimento normal aos pacientes que estão no hospital até que termine o tratamento deles. Também ficou resolvido que as cirurgias já agendadas serão realizadas normalmente”, disse, informando ainda que o HU já tem cirurgias marcadas para os próximos 45 dias.

Os atendimentos no setor neonatal e de UTI não sofrerão paralisação, uma vez que sua manutenção é obrigatória por lei. “A redução dos serviços no HU será gradativa e dentro do que a legislação permite, até porque nossa intenção não é prejudicar a população, mas sim sensibilizar a sociedade e ganhar apoio às nossas reivindicações”, garantiu Franz. Ele informou ainda que os funcionários que continuarem trabalhando vão usar uma tarja preta no braço para sinalizar o estado de greve.

Primeira vez - Considerando que a última greve nas universidades federais aconteceu em 2005 e que a UFGD só foi criada em 2007, e só então o hospital passou a ser administrado pela universidade, esta é uma “greve de estréia” na instituição.

Ontem o comando de greve esteve reunido com a reitoria para traçar as estratégias do movimento sem atrito com a direção da universidade. “Estamos n]mantendo um canal de conversação aberto, afinal nosso foco não está na reitoria, mas em Brasília”, comentou o sindicalista.

Amanhã (16) será realizada uma reunião da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior) e, segundo Franz, os reitores devem elaborar uma carta para sensibilizar o governo com relação à greve dos funcionários. Também amanhã, em Brasília, representantes da Fasubra deve procurar a Câmara dos Deputados para falar sobre o movimento e buscar o apoio dos parlamentares.

Sista/UFGD tem 500 filiados entre os 800 funcionários da universidade.
Sista/UFGD tem 500 filiados entre os 800 funcionários da universidade.

Negociações - As negociações do governo federal com a Fasubra (Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras) foram suspensas no dia 7, um dia depois de ser decidida a greve nacional. O governo alega que, com a decisão de paralisação, houve rompimento unilateral das negociações.

“Acredito que com o fortalecimento do movimento o governo vai retomar o diálogo com a Fasubra”, avalia o coordenador do Sista/UFGD. No dia 6 eram 13 universidades em greve. Hoje o movimento já tem a adesão de 37 instituições.

Em Campo grande, a assembleia dos funcionários da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) decidiu pela não adesão ao movimento, mas nova assembleia deve ser realizada por volta do dia 20, para reavaliar a situação.

Pauta - Os servidores técnico-administrativos reivindicam reajuste salarial, piso de três salários mínimos, aumento do step (acréscimo por progressão na carreira) de 2,5% para 5%, racionalização de cargos, reposicionamento de aposentados, mudança no anexo IV (ampliação da tabela de carreira), devolução do vencimento básico complementar absorvido, isonomia salarial e de benefícios, abertura imediata de concursos públicos para substituição da mão de obra terceirizada e precarizada em todos os níveis da carreira das áreas administrativas e dos Hospitais Universitários, e extensão das ações jurídicas transitadas e julgadas.

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