ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 19º

Interior

Perícia analisa ônibus que sofreu atentando em Miranda

Ana Paula Carvalho | 05/06/2011 15:47
Ônibus foi atingido por pedras e coquetel molotov.
Ônibus foi atingido por pedras e coquetel molotov.

Peritos da Polícia Civil analisaram o ônibus que transportava estudantes indígenas e que foi atacado na noite da última sexta-feira (03) com coquetel molotov e pedras em Miranda, município distante 201 quilómetros de Campo Grande.

De acordo com o G1, a polícia encontrou alguns vestígios do coquetel molotov no ônibus. O material deve ser analisado a partir desta segunda-feira (6) e a expectativa é que os resultados possam ajudar a esclarecer o crime.

O estado de saúde das cinco vítimas que permanecem internadas continua estável. Entre os quatro hospitalizados em Campo Grande, o motorista Laércio Xavier Correia, de 27 anos, é o que teve mais ferimentos. Ele sofreu queimaduras na cabeça, braços, tórax e pernas. Outra paciente permanece internado no hospital municipal de Miranda.

O caso- O ônibus escolar foi atacado na noite de sexta-feira (03) na aldeia Cachoeirinha, em Miranda, quatro pessoas ficaram feridas. O veículo trazia alunos indígenas que cursam o Ensino Médio na cidade.

De acordo com o terena Lindomar Ferreira, as pessoas relataram que foram jogadas pedras para quebrar os vidros do ônibus. Em seguida, foram lançadas garrafas de vidro em chamas.

Segundo ele, quatro pessoas – dois homens e duas mulheres – sofreram queimaduras graves e foram trazidas para a Santa Casa. Uma das vítimas é o motorista.

“Os mais atingidos estavam na parte da frente do ônibus”, relata. Conforme o Gazeta do Pantanal, os feridos são Laércio Xavier Correia, Rosana de Oliveira Martins, de 29 anos, Lurdivane Pires, de 28 anos, e um adolescente de 15 anos.

Denúncia- Lindomar relata que a terra é disputada com fazendeiros na justiça e o clima de tensão e ameaça é constante. “Não podemos acusar ninguém. Mas o clima é tenso”, enfatiza.

Os índios lutam pela ampliação da aldeia Cachoeirinha. A portaria do Ministério da Justiça reconhecendo a área indígena é de 2007. Desde então, há uma guerra judicial e diversas ocupações em busca da posse das terras.

No ano passado, o procedimento administrativo de demarcação foi parcialmente suspenso por decisão liminar proferida pelo ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

A Funai (Fundação Nacional do Índio) chegou a depositar R$ 1,3 milhão em juízo, referente ao valor das benfeitorias. Mas os proprietários não aceitaram o acordo e recorreram. Uma das propriedade em disputa é a fazenda Petrópolis, que pertence à família do ex-governador Pedro Pedrossian. (Matéria editada às 17h para acréscimo de informação)

Nos siga no Google Notícias