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Interior

Polícia apura se mulher morta na fronteira era ligada ao narcotráfico

Mariana Rodrigues | 11/01/2016 17:33
Priscila Franco da Silva foi encontrada morta em um matagal em Puerto Quijarro. (Foto: Reprodução/Facebook)
Priscila Franco da Silva foi encontrada morta em um matagal em Puerto Quijarro. (Foto: Reprodução/Facebook)

Investigações preliminares da Polícia Boliviana de Puerto Quijarro apontam que Priscila Franco da Silva, 26 anos, pode ter sido vítima de narcotraficantes da fronteira. Depoimentos do marido da vítima serão colhidos e a Polícia Boliviana também fez requerimento à polícia brasileira para que ela confirme se Priscila tinha ou não antecedentes criminais.

Segundo informações do site Diário Corumbaense, o coronel boliviano Hugo Justiniano Añez, comandante de Fronteira está investigando o caso desde o momento em que soube do crime, mas não pode adiantar nada sobre a investigação.

De acordo com o coronel, pelas características do delito e a forma como o corpo foi encontrado, não está descartada a possibilidade de narcotraficantes terem cometido o assassinato, até por que a bolsa de mão, mala e demais pertences dela não foram roubados, sendo levados documentos pessoais e uma possível quantia em dinheiro.

“Se ela tiver antecedentes na polícia brasileira, não se descarta um acerto de contas”, afirmou o coronel. Para ele, se fosse roubo, teriam levado os objetos que estavam com ela, mas reiterou que essas são ainda suposições, pois as investigações prosseguem.

Há indícios de que a mulher tenha sido assassinada na quinta-feira (7) ou na madrugada de sexta-feira. Para o coronel Añez, Priscila foi torturada, pois foi encontrada de bruços e com as mãos amarradas, ele acredita ainda que ela tenha sido morta em outro local e jogada no matagal para despistar a polícia.

Somente documentos e uma certa quantia em dinheiro foi levada da vítima que tinha sinais de tortura no corpo. (Foto: Ricardo Albertoni/Diário Corumbaense)
Somente documentos e uma certa quantia em dinheiro foi levada da vítima que tinha sinais de tortura no corpo. (Foto: Ricardo Albertoni/Diário Corumbaense)

O diretor do Hospital Municipal de Príncipe de Paz, em Puerto Quijarro, para onde o corpo foi inicialmente levado, Jaime Gallardo, afirma que alguns exames foram realizados na vítima e ficou constatado que Priscila sofreu violência sexual, agressões na nuca e nas costelas. Ainda conforme os exames, não foi identificada nenhuma marca feita por arma de fogo ou objeto perfuro-cortante, mas constatou-se o estrangulamento.

Ainda conforme o Diário Corumbaense, o marido de Priscila, Thiago Henrique Batista Ferreira, de 29 anos, conversou pela última vez com a esposa por telefone no final da tarde de quinta-feira. Ele afirmou que esta é a segunda vez que ela foi para a fronteira comprar roupas para revender na cidade onde mora e descartou a possibilidade do envolvimento com narcotraficantes. "Não tem lógica isso. Minha mulher saiu daqui com dinheiro para fazer compras e trazer roupas para revender aqui em Campinas".

Crime - Priscila Franco Silva, 26 anos, foi encontrada morta em um matagal, na sexta-feira (8), na cidade de Puerto Quijarro, na Bolívia, a 4 quilômetros de Corumbá. Ela era natural de Campinas (SP), tinha dois filhos e estava grávida de sete meses.

A identificação só foi possível porque seu companheiro, Thiago Ferreira, começou uma série de buscas na internet para tentar achar notícias da sua mulher. Também após internautas realizarem uma intensa campanha nas redes sociais para tentar identificar a vítima e sua nacionalidade.

Thiago conseguiu identificar a mulher através das três tatuagens pelo corpo dela, sendo uma com o nome Thiago no ombro, e duas borboletas nos pés.

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