Polícia fará hoje simulação do assassinato de tenente em Cassilândia
O suspeito estava detido no Presídio Militar de Campo Grande e embarcou hoje para Cassilândia
Será realizada nesta sexta-feira (21) a simulação do assassinato do tenente Mário José Eufrásio da Silva, 49 anos, morto no último sábado (15), em Cassilândia, cidade distante 418 quilômetros de Campo Grande.
De acordo com o site Cassilândia News, o delegado responsável pelo caso, Rodrigo de Freitas, disse que a reconstituição não será aberta a população. Poderão participar apenas a Polícia Civil e Militar.
Segundo a Polícia Civil, o principal suspeito pela morte do tenente, o soldado da Polícia Militar Adriano Paulo da Silva, 34 anos, já está na cidade para a simulação do crime. Ele estava detido no Presídio Militar de Campo Grande e chegou hoje à tarde ao município.
O delegado disse que a intenção é descobrir a verdade. “Nós não estamos aqui para passar a mão na cabeça de ninguém. Estou aqui para apurar o fato. Quero saber a verdade, e depois vou encaminhar ao judiciário”, finaliza.
O caso - Eufrásio morreu no sábado (15), após ser chamado para resolver uma ocorrência na casa de Adriano. O comandante foi atingido por três tiros. Da arma do suspeito partiram duas balas calibre 38, que atingiram o abdômen de Eufrásio.
Da cabeça, foi retirada munição calibre.40, a mesma utilizada pelos soldados Steffaner Beitiol de Freitas e José Antônio Ferreira Carapiá, que no dia do crime estavam em serviço e também foram até a casa de Paulão, depois que a esposa dele procurou o quartel da PM para denunciar a violência doméstica.
Em depoimento, um dos soldados admitiu ter disparado, na tentativa de imobilizar Paulão, que atirava contra o comandante. “Eles estavam muito chocados e, inclusive, choraram durante o depoimento”, conta o delegado.
Na casa foi encontrada uma munição da pistola do policial, mas eles alegam que não se recordam do segundo disparo que pode ter atingido a cabeça do comandante.
O delegado já ouviu os quatro PMs que estavam na casa no momento do crime. Os soldados que atenderam primeiro a ocorrência disseram que Paulão estava alterado e aparentando embriaguez. Ele não autorizou exame de alcoolemia e preferiu ficar calado, sem prestar qualquer esclarecimento.
Outro que já prestou depoimento foi o sargento chamado pelo próprio Paulão para ir até a residência do casal, para cuidar do filho de 1 ano, já que é amigo da família. O sargento e o comandante estavam de férias, por isso ambos não tinham armas.
Os exames de balística serão feitos em Campo Grande e os resultados devem ficar prontos em uma semana.