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Interior

Médico que usou anestésico receitado a paciente é indiciado por peculato

Paula Maciulevicius | 19/01/2012 15:57

A pena para o crime de falsidade ideológica é de um a cinco anos de reclusão e por peculato de dois meses a um ano

A Polícia Civil concluiu o inquérito e indiciou um médico de Bonito por peculato e falsidade ideológica, depois dele receitar medicamento controlado que não condizia com os sintomas apresentados pelo paciente e aplicar em si mesmo o remédio, em setembro de 2010.

O médico vai responder por falsidade ideológica por omitir inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita e peculato por desviar bem em proveito próprio.

O episódio aconteceu no hospital João Darci Bigaton, em Bonito, cidade distante 257 quilômetros da Capital. O médico atendia um preso da cadeia pública e durante a consulta prescreveu três medicamentos, um deles de uso controlado, a Dolantina, indicado para casos de dor e espasmos, para serem aplicados imediatamente.

Segundo a Polícia, depois de receitar ao paciente que não apresentava nenhum dos sintomas que o medicamento alivia, ele pegou a ampola de Dolantina e entrou em uma sala reservada aos médicos.

Momento em que as enfermeiras que estavam de plantão observaram que apenas dois remédios estavam sendo aplicados no paciente e logo avisaram a administração do hospital.

Ainda de acordo com a Polícia, quando o médico saiu da sala tinha no braço uma perfuração recente, de aplicação de medicamento. Depois de exames feitos no paciente, o laudo apresentou que ele havia recebido apenas dois medicamentos.

O médico deixou a cidade ainda em 2010, após o caso. A pena para o crime de falsidade ideológica é de um a cinco anos de reclusão e por peculato de dois a 12 anos de reclusão.

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