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Interior

Polícia ouve 4 funcionários de curtume e depoimentos reforçam falha humana

Paula Maciulevicius | 02/02/2012 22:44

Segundo a Polícia, houve erro no descarregamento do produto Coramin, no momento do abastecimento do tanque do curtume, onde ainda havia outro componente químico

Polícia pediu o manual de procedimentos operacionais e outros documentos ao curtume, para verificar se houve também falha técnica. (Foto: Marlon Ganassin)
Polícia pediu o manual de procedimentos operacionais e outros documentos ao curtume, para verificar se houve também falha técnica. (Foto: Marlon Ganassin)

O delegado responsável pela investigação sobre o vazamento de gás tóxico no curtume da Marfrig, em Bataguassu, Pedro Caravina, ouviu mais funcionários da empresa nesta quinta-feira. Um técnico de segurança no trabalho, um engenheiro, funcionário do almoxarifado e o responsável pelo descarregamento.

Segundo a Polícia, os depoimentos reforçam que houve erro no descarregamento do produto Coramin, no momento do abastecimento do tanque do curtume, que ainda apresentava outro componente químico em seu interior.

"Houve erro humano no descarregamento, na responsabilidade do motorista e da segurança em verificar", disse Caravina.

A Polícia pediu o manual de procedimentos operacionais entre outros documentos ao curtume, para verificar se houve também falha técnica.

Pelos depoimentos colhidos até agora, o delegado acredita que uma leitura errada em relação ao produto recebido possa ter acontecido. "O documento produzido quando se entra com o produto na empresa não está bem claro", declara.

Novos depoimentos devem ser colhidos na próxima semana. Ontem, o motorista do caminhão já havia sido ouvido e a estimativa é de que o delegado ouça mais de 30 pessoas durante o inquérito.

O setor de curtume ainda permanece fechado. Na manhã de hoje funcionários estiveram reunidos com a administração da empresa que colocou à disposição médicos para atendimentos das vítimas.

Vazamento - O acidente resultou da reação química entre o Coramin e outro produto que havia no recipiente e um gás tóxico foi exalado, matando os quatro trabalhadores e intoxicando outras 24, destas, 21 já tiveram alta e três continuam internadas em Presidente Prudente, interior de São Paulo.

O motorista do caminhão que fazia o descarregamento, percebeu que houve uma reação e então fechou a válvula de descarregamento e se afastou do local. Três funcionários que estavam em uma estrutura acima do tanque caíram desmaiados.

Um quarto trabalhador tentou descer pelas escadas, mas, também ficou inconsciente. Os quatro morreram, três deles a caminho do hospital e um 10 minutos depois de dar entrada na Santa Casa de Bataguassu.

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