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Interior

Polícia ouve médico e perícia adia entrega de laudo de morte em Santa Casa

Caroline Maldonado | 05/09/2014 12:23
Mãe acredita que filha morreu por asfixia (Foto: Arquivo Pessoal/Alessandra Barbosa)
Mãe acredita que filha morreu por asfixia (Foto: Arquivo Pessoal/Alessandra Barbosa)

Presta depoimento, hoje (5), um dos médicos que atenderam Samilla Barbosa de Oliveira, 5 anos, morta na Santa Casa de Cassilândia, a 418 quilômetros de Campo Grande. Ela morreu nos braços da mãe, no dia 23 de agosto, após receber uma dose de antibiótico na veia. A delegacia aguarda o laudo do perito de Paranaíba, cuja entrega foi adiada por mais 10 dias.

O delegado responsável pelo caso, Alexandro Mendes, disse em entrevista à rádio Patriarca, que as informações dadas por enfermeiros e técnicos já ouvidos batem com o relatado pela mãe da menina, Alessandra Barbosa da Silva, 35 anos.

Segundo ela, a filha pode ter morrido por asfixia após receber a injeção. A mãe reclama a falta de médicos para atender a menina quando deu grito forte e desmaiou em seus braços. Alessandra contou que a menina deu entrada no hospital na noite de sexta-feira (22) com irritação da garganta e dores abdominais e morreu na manhã do dia seguinte.

Ela relatou ao Campo Grande News, que a filha já estava bem, havia dormido e se alimentado, quando mudou o plantonista e o segundo médico, disse que ela ficaria, pelo menos, mais três dias internada. Nesse tempo em que esperava um termo para assinar se responsabilizando pelas consequências em deixar o hospital, segundo a mãe, uma enfermeira aplicou uma injeção em Samilla, que deu um grito forte e morreu minutos depois.

Em entrevista à rádio, o delegado disse que acha difícil que a menina tenha morrido de choque anafilático por conta de injeção na via intravenosa. “ Eu penso que não seja tão rápido. Uma coisa que eu vejo incompatível, eu não sou profissional da medicina, dentro das pesquisas que realizei, o que parece incompatível é o choque anafilático ser tão rápido quando foi verificado. Isso me sugere outras coisas que podem ter desencadeado o desfalecimento", afirmou.

Segundo o delegado, somente com o laudo do perito será possível apontar a causa da morte da criança. "Dizer que houve postura inadequada de médico, ou da Santa Casa, não direi agora", finalizou.

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