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Interior

Polícia procura outros 12 suspeitos pelo estupro de menina de 9 anos

Helio de Freitas, de Dourados | 08/10/2014 10:33

A Polícia Civil procura na reserva indígena de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande, os outros homens suspeitos de participação no estupro de uma menina de 9 anos de idade, ocorrido na noite de domingo na aldeia Bororó. Três foram presos na segunda-feira à tarde, mas pelo menos outros quatro teriam participado do crime. Já testemunhas afirmam que 15 homens estavam na casa onde a menina foi violentada, o que torna todos suspeitos, segundo a titular da Delegada da Mulher Rozeli Dolor Galego.

Ao Campo Grande News, a policial informou nesta quarta-feira que alguns dos acusados que estão sendo procurados foram identificados pela própria vítima, mas apenas pelo primeiro nome. “Testemunhas que voltavam da igreja viram pelo menos 15 homens na casa onde ocorreu o crime. Estamos trabalhando para identificar todos e esclarecer o caso”, afirmou Rozeli. As buscas estão sendo feitas nas duas aldeias, com ajuda de homens da Força Nacional. A criança continua internada em estado grave no Hospital Universitário.

Habitada por índios garani-kaiowá, a Bororó é a mais pobre das duas aldeias que formam a reserva de Dourados e onde ocorre a maioria dos casos de violência entre os índios. Pelo menos 12 mil pessoas moram na reserva de Dourados, que enfrenta graves problemas de alcoolismo, uso de drogas e crimes violentos. A reserva fica a menos de 10 km da cidade.

Ontem à tarde, dois dos três índios que já estão presos pelo estupro da menina foram levados para a Phac (Penitenciária de Segurança Máxima Harry Amorim Costa). Junior Alves Duarte, 19 anos, e Fábio de Souza Irala, 21, confessaram o crime e afirmaram que todos estavam bêbados. Também foi preso um adolescente de 14 anos, levado para a Unei (Unidade Educacional de Internação).

Os índios contaram que o grupo bebia em uma casa perto da residência da menina, quando decidiram fazer a “feira”, como os guarani-kaiowá chamam o estupro de uma mulher por vários homens. A prática era considerada comum entre os índios até a década de 90, mas tinha sido abandonada na reserva de Dourados. Com os casos mais recentes, a polícia suspeita que alguns índios retomaram a prática, principalmente quando estão bêbados.

Em julho deste ano, a adolescente índia Michele Gonçalves Montanha, de 14 anos, foi estuprada e assassinada por quatro adolescentes e um homem de 28 anos, todos índios. O corpo foi encontrado em uma plantação de milho. Os acusados foram presos.

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