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Interior

Policias militares atuam como carcereiros em presídio de Maracaju, denuncia ACS

Zana Zaidan | 07/02/2014 09:35

A superlotação do sistema penitenciário de Mato Grosso do Sul faz com que policiais militares lotados em Maracaju, a 160 quilômetros de Campo Grande, exerçam funções carcerárias no presídio da cidade. Enquanto isso, parte do efetivo deixa de realizar o policiamento nas ruas para garantir a segurança da população. A constatação é do presidente da ACS (Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar de MS), Edmar Soares da Silva, que em visita à unidade, verificou essa e outras irregularidades.

“Policiais militares fazem o serviço interno do presídio de Maracaju, onde, na maioria das vezes, foram eles mesmos que colocam lá dentro os mais diversificados tipos de meliantes”, afirma Soares. A visita foi feita após denúncias de associados da entidade, e resultou na elaboração de um ofício que solicita que a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) assuma imediatamente o comando da unidade e, se não for possível, que parte dos internos seja transferida.

O documento cita, ainda, ameaças de morte sofridas por policiais militares pelos mais de 70 custodiados. As denúncias foram encaminhadas à desembargadora Tânia Garcia de Freitas Borges, coordenadora-geral da Covep (Coordenadoria das Varas de Execuções Penais), órgão vinculado ao TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul),

Em janeiro, durante as férias do secretário de Segurança Pública do Estado, Wantuir Jacini,
Soares se reuniu com o secretário em exercício, José Lázaro Pereira de Oliveira, que garantiu providências sobre o caso. Além disso, a ACS acionou diretamente a Covep, responsável pelas varas de execução penal em todo o Estado.

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