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Interior

Prazo judicial expira, homem não consegue cirurgia e já perde quase 45 kg

Renan Nucci | 28/10/2014 15:46
Gildo precisou parar de trabalhar aos 51 anos, por causa de doença que afeta o sistema nervoso. (Foto: Reprodução/Facebook)
Gildo precisou parar de trabalhar aos 51 anos, por causa de doença que afeta o sistema nervoso. (Foto: Reprodução/Facebook)

Venceu ontem (27) o prazo de 20 dias que a Justiça deu para o Estado promover a cirurgia de Gildo Lozano, 51 anos, morador em Anastácio diagnosticado com neurocisticercose. Segundo a esposa dele, Valéria Alves de Souza, 35 anos, até o momento não houve contato de nenhum setor do poder público e por isso, o marido segue sofrendo com os sintomas que já lhe fizeram perder aproximadamente 45 quilos.

Ela explica que a cirurgia inicialmente avaliada em R$ 100 mil, deve custar o total de R$ 200 mil conforme orçamento que está sendo feito. Até por este motivo, familiares e amigos desistiram de uma campanha de arrecadação. "O valor era alto demais, jamais iríamos conseguir", disse Valéria. A mulher afirma que o HR (Hospital Regional) Rosa Pedrossian, em Campo Grande, pode realizar o procedimento desde que seja fornecido todo material necessário, algo em torno de R$ 40 mil.

A ação foi proposta pela Defensoria Pública, e o juiz de Anastácio, Luciano Pedro Beladelli, concedeu a liminar dando prazo de 60 dias. Diante do quadro clínico do paciente, o defensor Daniel Provenzano Pereira pediu que o período fosse reduzido. No último dia 7, o magistrado mandou que a cirurgia fosse feita no prazo limite de 20 dias, sob pena de multa diária avaliada em R$ 500. Quanto mais demorar, mais a situação irá se agravar.

Valéria está inconformada com o posicionamento do SUS (Sistema Único de Saúde) em dificultar o agendamento, mas acredita que a Justiça vai prevalecer. “Ainda não entendo qual o motivo de não marcarem a cirurgia. Não sei o que está acontecendo, mas tenho fé que a vamos vencer essa batalha na justiça”, afirmou.

Caso – A neurocisticercose afeta o sistema nervoso central e é causada pela ingestão de alimentos contaminados com ovos de parasitas (Taenia solium). Entre os sintomas estão hidrocefalia, convulsões, derrames e cistos no cérebro. Gildo passou a apresentar estes sinais há cerca de um ano. Hoje ele mal consegue falar e só se alimenta à base de líquidos, o que resulta em perda de peso.

Bastante debilitado e com dificuldades para se locomover, está impossibilitado de trabalhar. A esposa não pode deixar a casa para trabalhar pois precisa cuidar do marido e assim, a família sobrevive apenas com o auxílio doença que ele recebe, pouco mais de R$ 700, e o bolsa-família. “A cirurgia pode salvar a vida dele. As expectativas são boas”, ressaltou. Os interessados em ajudar, podem entrar em contato com Valéria através dos telefones: (67) 9239 – 6164 ou (67) 9638 – 1911.

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