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Interior

Prefeito manda apurar viagem de professoras “enganadas” a Brasília

Léo Matos pediu sindicância para investigar caso que ganhou repercussão após professoras afirmarem que foram enganadas para participação em ato em defesa da presidente Dilma

Helio de Freitas, de Dourados | 06/04/2016 09:39
Prefeito de Naviraí com servidoras que foram a Brasília (Foto: Divulgação)
Prefeito de Naviraí com servidoras que foram a Brasília (Foto: Divulgação)

A prefeitura de Naviraí, cidade a 366 km de Campo Grande, vai instaurar uma sindicância para apurar a viagem de quatro servidoras da educação municipal a Brasília, na semana passada. Após a viagem, organizada por federações de trabalhadores, as professoras divulgaram vídeo nas redes sociais afirmando terem sido “enganadas”, já que foram chamadas para manifestações em defesa da educação. Entretanto, quando chegaram à capital federal descobriram que se tratava de ato em defesa da presidente Dilma Rousseff (PT).

Ontem (5), o prefeito Léo Matos (PSD) se reuniu com as professoras Neusa Lima Rodrigues, Janaina Almeida Costa e Ivani Regina Rodrigues e com a servidora administrativa Nelzeli Lima Rodrigues.

Enganadas – Elas contaram ao prefeito que a caravana organizada pela Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) seria para debater o regime previdenciário dos profissionais de educação, mas quando chegaram a Brasília perceberam que se tratava de ato em contra o impeachment da presidente.

“Não sabíamos que era para fazer uma manifestação contra o impeachment. Independente se fosse a favor [do impedimento da presidente], também não iríamos se soubéssemos a verdade. Na educação não pregamos isso, vai contra a lei”, afirmou Janaina.

A professora Ivani Rodrigues disse que a sindicância é procedente, uma vez que a prefeitura teve prejuízo financeiro para a reposição de servidores no lugar dos que foram em Brasília. “Foram três dias de reposição com a convocação de professores para que os alunos não ficassem sem aula. Não foram apenas nós três, e sim vários professores”, afirmou Ivani.

Léo Matos disse não ser contra ou a favor dos atos sobre o impeachment da presidente Dilma, mas afirma que o município não pode ser penalizado financeiramente. “Em um momento que se fala em crise financeira nos deparamos com este tipo de atitude. Solidarizamo-nos com os professores que foram em Brasília, pois achavam que buscavam algo melhor para seu futuro, mas não foi isso que aconteceu”, reclamou o prefeito.

Em nota oficial divulgada em rede social, o Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação) de Naviraí disse que todos foram enganados. Segundo a entidade, o conselho de presidentes tinha sido informado, em Campo Grande, que seria um protesto sobre a previdência. “Como presidente do Simted, me sinto indignada com essa situação. Não se pode tomar partido. A luta é outra”, desabafou Roseli de Fátima Pereira.

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