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Interior

Presidente do Sindicato de Iguatemi vai a Brasília para rebater acusações

Wendell Reis | 01/12/2011 13:28
Presidente do sindicato afirma que informação repassada pelo Cimi é mentirosa(Foto:Roberto Higa/Divulgação/ALMS)
Presidente do sindicato afirma que informação repassada pelo Cimi é mentirosa(Foto:Roberto Higa/Divulgação/ALMS)

O presidente do Sindicato Rural de Iguatemi, Marcio Margatto, ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa na manhã desta quinta-feira (1º) para dar a sua versão sobre a acusação de que ele e o prefeito do Município, José Roberto Arcoverde (PSDB), teriam ameaçado indígenas em uma propriedade rural da cidade no último domingo e dito que deveriam atear fogo no ônibus em que eles eram transportados.

Margatto alega que foi até o local onde estavam representantes da Funai (Fundação Nacional do Índio, Força Nacional, Cimi (Conselho Indigenista Missionário), MPF (Ministério Público Federal) e o secretário nacional de Articulação Social da Secretaria-Geral da Presidência da República, Paulo Maldos, por solicitação de um produtor rural.

O proprietário de uma fazenda teria informado que viu dois ônibus com índios e algumas pessoas acompanhados da Força Nacional e pediu para o presidente do Sindicato ver o que estava acontecendo. Segundo Margatto, quando chegou ao local ouviu Maldos dizer que estava indo embora indignado, pois há décadas os fazendeiros massacram índios.

Margatto alega que pediu respeito, pois estava sendo desrespeitado com informações inverídicas. Neste instante, policiais da Força Nacional pegaram as máquinas utilizadas por ele para fotografar e apagaram as imagens que serviriam como prova do ocorrido, mas ele conseguiu ficar com um vídeo, sob ameaças de que se divulgasse poderia expor pessoas que estavam sob proteção policial.

O presidente do Sindicato Rural alega que foi seguido por um dos carros que estavam no local da discussão e diz que ainda não divulgou o vídeo com sua versão por questões jurídicas, uma vez que está analisando se é verdade que as pessoas filmadas são protegidas pela Polícia. Segundo Margatto,não se pode afirmar que o secretário apoiou a invasão, mas depois da discussão, 20 indígenas acamparam na Fazenda Cambará, onde estavam reunidos o representante do Governo Federal e os Indígenas. Ele ainda afirma que Maldos teria enfatizado que o Governo era aliado na reconquista do território indígena.

Margatto pediu ajuda aos deputados, afirmando que não está desrespeitando indígenas, mas defendendo as propriedades de produtores que pagam impostos há 60 anos. Ele solicitou audiência com o ministro responsável pela pasta onde Maldos atua para explicar o que aconteceu e pedir que ele ouça os dois lados. Ele ressalta ainda que a informação de que dois capatazes teriam passado pelo local de moto e atacado indígenas é mentirosa, tendo em vista que o local nem dá acesso a motos. “O ataque foi criado. É mentira... ninguém desacatou ninguém”.

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