ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  23    CAMPO GRANDE 27º

Interior

Produtores e funcionários enfrentam barro para chegar a frigorífico

Priscilla Peres e Liana Feitosa, de Aquidauana | 15/01/2016 17:45
Caminhões, carros, motos e bicicletas precisam passar por estrada de terra. (Foto: Fernando Antunes)
Caminhões, carros, motos e bicicletas precisam passar por estrada de terra. (Foto: Fernando Antunes)
Frigorífico existe há 20 anos e abate 300 cabeças por dia. (Foto: Fernando Antunes)
Frigorífico existe há 20 anos e abate 300 cabeças por dia. (Foto: Fernando Antunes)

O frigorífico de Aquidauana - distante 135 km de Campo Grande, também tem passado por dificuldades devido as fortes chuvas. Chamado de Buriti, o acesso a unidade que abate 500 cabeças de gado por dia, está cada dia mais problemático devido ao barro formado.

Há alguns dias tanto os produtores, quanto os próprios funcionários tem enfrentado dificuldades para chegar ao frigorífico. São três acessos, mas um está tomado pela água, outro só se passa de caminhonete e o terceiro tem sido utilizado em meio a lama.

Por dia, mais de 30 caminhões precisam ir e voltar do frigorífico, sendo 25 com gado e entre 10 e 12 para transporte de subprodutos, como couro, sebo e miúdos. Devido a situação dos dois principais acessos, todos os caminhões e os funcionários precisam passar por uma única estrada de terra, que atualmente está cheia de barro.

O proprietário Pavel Chramosto, conta que o frigorifico existe há 20 anos e que esse problema é antigo. "Existem inúmeras promessas para escoar a produção dessa unidade que atende toda a região. Como a ponte boiadeira que há três anos foi aprovado o asfaltamento, mas até hoje não saiu do papel".

Como resultado da situação, ele não consegue cumprir os horários, atrasando toda a cadeia, desde o embarque na fazenda a até o consumidor final. Sem contar, que vários bois chegam agitados e machucados ao frigorífico.

O faturista do frigorífico, Tiberê Furtado, conta que normalmente ele percorre 2,4 km para chegar ao trabalho, mas com um acesso interditado, agora o percurso chega a 7 km. E ele vai de motocicleta, enfrentando a chuva e o barro.

Ele afirma que todos os dias ele sente medo de cair e que teme o dia que terá de trabalhar a noite. "De madrugada para voltar pra casa, vou ter que enfrentar o barro e falta de iluminação".

(Foto: Fernando Antunes)
(Foto: Fernando Antunes)
Nos siga no Google Notícias