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Interior

Professora ativista é impedida pela Justiça de fazer palestra em Dourados

Renan Nucci | 03/09/2014 13:20
Professora foi impedida de palestrar durante evento na UFGD, em Dourados. (Foto: UOL)
Professora foi impedida de palestrar durante evento na UFGD, em Dourados. (Foto: UOL)
Post da professora em página do Facebook relata censura. (Foto: Reprodução/Facebook)
Post da professora em página do Facebook relata censura. (Foto: Reprodução/Facebook)

A Justiça proibiu a professora Camila Jourdan, doutora em Filosofia e coordenadora de pós-graduação na UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), de viajar para realizar uma palestra que aconteceria na sexta-feira (05), em evento da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados).

A docente disse por meio de uma publicação no Facebook que o impedimento ocorreu, segundo a justiça, porque “a atividade de dar palestras não é essencial ao exercício de sua atividade profissional”. "Como assim?", questionou.

Durante a Copa do Mundo no Brasil, ela foi presa juntamente com outros ativistas por protestos contra gastos do Governo com o evento da Fifa, ficando conhecida como a “Professora Black-Bloc”.

A palestra de Camila ocorreria no âmbito do IV Encontro de Integração: Dias de História, da UFGD, com o tema “Jornadas de Junho, Perseguições Políticas e Anarquismo Hoje", o qual ela relataria as experiências que teve ao longo de sua carreira acadêmica e de suas ações como ativista, incluindo todo o processo que acarretou em sua prisão. Ela conseguiu liberdade por meio de habeas corpus.

Ela alega estar sendo alvo de censura. “Mais um absurdo sem precedentes. Acabo de ser censurada. [...] O que a sociedade tem a dizer sobre isso? Esta censura precisa ser denunciada! Peço a todxs (sic) que denunciem isso em todos os meios que tiverem acesso. Querem nos calar!”.

Confira o post na íntegra - Mais um absurdo sem precedentes. Acabo de ser censurada. O juíz responsável pelo caso indefiriu meu pedido de ir a Dourados-MS, dar uma palestra no IV Encontro de Integração: Dias de História, na UFGD. A justificativa do magistrado é que a atividade de dar palestras não é essencial ao exercício da minha atividade profissional. Como assim?!? Eu sou uma professora universitária, o programa de pós-graduação em Filosofia da UERJ é avaliado inclusive levando em conta minha produtividade acadêmica.

Acho que o magistrado está muito mal informado sobre o que é essencial ao exercício da minha profissão. Além disso, houve financiamento público para possibilitar minha ida, a decisão do juíz, dois dias antes da palestra, com hospedagem paga, passagem, refeições, gera prejuízo ao dinheiro público. O que a sociedade tem a dizer sobre isso? Esta censura precisa ser denunciada! Peço a todxs que denunciem isso em todos os meios que tiverem acesso. Querem nos calar! As passagens de ida e volta foram apresentadas na solicitação, não havia qualquer justificativa plausível para que minha ida fosse negada.

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