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Interior

Quadrilha que lesou ex-deputado em R$ 5 milhões está presa em MS

Jorge Almoas | 01/04/2011 18:30

Bandidos furtavam gado e madeira, e vendiam "a preço de banana"

Uma quadrilha que lesou em R$ 5 milhões o ex-deputado federal Paulo Lima (PMDB-SP), que possui propriedades rurais em Pedro Gomes, foi desbaratada pela Polícia Civil, com apoio da corporação de Presidente Prudente e da Polícia Militar.

De acordo com informações do Edição de Notícias, dois integrantes da quadrilha estão presos em Pedro Gomes. João Mustafá Neto, de 60 anos, administrava as fazendas Santa Cristina e Sol Nascente, ambas em Pedro Gomes, que pertencem ao ex-deputado federal.

Além dele, Manoel Antônio da Silva, de 39 anos, também está preso em Pedro Gomes. Um terceiro integrante da quadrilha, Maquielvis Lopes Grison, de 35 anos, conhecido como “Pequeno” está com a prisão temporária decretada, mas está foragido.

A quadrilha furtava gado e madeira das fazendas há cerca de cinco anos, disse a delegada de Pedro Gomes, Silvia Elaine Girardi dos Santos. Foi o próprio deputado federal que constatou irregularidades nas propriedades rurais.

A principal irregularidade notada era a divergência no número de gado, assim como desmatamento ilegal. Nas investigações, descobriu-se que a quadrilha furtou cerca de 1.700 cabeças de gado, incluindo animais de elite, conhecidos como PO (Pura Origem).

Além disso, foram derrubadas aproximadamente 6.000 árvores e vendeu a madeira. O gado era vendido para frigoríficos e a madeira direcionada para madeireiras. Apesar do gado de elite, os animais chegaram a ser vendidos pelo preço de gado comum. Os produtos eram vendidos com notas “esquentadas”.

João Mustafá arrendou parte das propriedades de Paulo Lima para terceiros na tentativa de encobrir o furto das cabeças de gado. Quando o ex-deputado federal contabilizava o rebanho, acreditava se tratar de sua propriedade.

Com mandados de busca e apreensão, e também de prisão, a delegada foi até Presidente Prudente, onde apreendeu documentos e prendeu João Mustafá Neto. As ações contaram com o apoio da polícia do município do interior de São Paulo.

Foi possível localizar diversas cabeças de gado e madeiras que foram vendidas com notas fiscais compradas no comércio local. A investigação deve se estender por mais alguns dias.

Diversas pessoas e empresas devem ser investigadas e outras pessoas, além dos três citados, devem ser indiciados. O prejuízo calculado até o momento é de, aproximadamente, R$ 5 milhões.

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