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Interior

Reação química entre dois gases causou mortes em frigorífico de MS

Nadyenka Castro | 31/01/2012 16:38

De acordo com o Corpo de Bombeiros, um caminhão descarregava Ácido Dicloro-propiônico em um tanque. O contato entre o produto que era descarregado e o que havia dentro do tanque causou a reação, que exalou gás tóxico nas proximidades. As pessoas que estavam próximas passaram mal

Frigorífico Mafrig em Bataguassu. Acidente aconteceu no curtume da empresa. (Foto: Tiago Apolinário)
Frigorífico Mafrig em Bataguassu. Acidente aconteceu no curtume da empresa. (Foto: Tiago Apolinário)

Reação química entre dois gases causou o acidente que resultou em quatro mortes por volta das 10h30min desta terça-feira, no curtume do frigorífico Mafrig, em Bataguassu, a 335 quilômetros de Campo Grande.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, um caminhão descarregava Ácido Dicloro-propiônico em um tanque submerso quando trabalhadores que estavam próximos passaram mal.

O Ácido Dicloro-propiônico entrou em contato com a substância que havia no tanque e causou a reação, exalando grande volume de gás tóxico.

O motorista do caminhão percebeu que houve uma reação química e então fechou a válvula de descarregamento e se afastou do local.

Três funcionários que estavam em uma estrutura acima do tanque caíram desmaiados. Um quarto trabalhador tentou descer pelas escadas, mas, também ficou inconsciente. Estes quatro morreram no local.

Outros trabalhadores que estavam próximos passaram mal: dois foram levados pelo Corpo de Bombeiros em estado gravíssimo para o hospital de Presidente Prudente, São Paulo, com escolta da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e 12 estão em observação na unidade de saúde de Bataguassu.

Com roupas de uso específico em casos de acidentes com produtos químicos, quatro militares do Corpo de Bombeiros de Bataguassu retiraram as vítimas do curtume e isolaram o local. Os militares utilizaram máscaras e cilindros de gás oxigênio.

O comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Ociel Ortiz Elias, explica que bombeiros de Três Lagoas e Ivinhema foram para o local. Outros dois oficiais de Campo Grande também vão atender a ocorrência.

Os dois oficiais são especialistas em acidentes com produtos químicos, com vários cursos na área, segundo Ociel. Eles seguem para Bataguassu em aeronave e levam equipamentos, entre eles um para detectar aonde está o gás e identifica-lo e outro para fazer desintoxicação da roupa utilizada para entrar no ambiente intoxicado.

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