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Interior

Região que recebe ministro produz 80% da maconha consumida no Brasil

Alexandre de Morais acompanha hoje trabalho da polícia paraguaia contra lavouras de maconha na fronteira com MS; há 15 anos país vizinho destrói lavouras, mas cultivo da droga continua crescendo

Helio de Freitas, de Dourados | 22/07/2016 09:16
Policial da Senad corta lavoura de maconha na região de Capitán Bado (Foto: Divulgação)
Policial da Senad corta lavoura de maconha na região de Capitán Bado (Foto: Divulgação)
Policial queima maconha em acampamento (Foto: Divulgação)
Policial queima maconha em acampamento (Foto: Divulgação)

A região paraguaia próxima à fronteira com o Brasil, que nesta sexta-feira recebe a visita do ministro da Justiça Alexandre de Morais, produz maconha há pelo menos três décadas e há 15 anos o Paraguai tenta, sem sucesso, acabar com o cultivo da droga, mas a produção só aumenta.

Estimativas da própria pasta agora comandada por Alexandre de Morais revelam que 80% da maconha consumida no Brasil sai das roças feitas em clareiras no meio da mata na região de Capitán Bado, departamento de Amambay.

Existem pontos de cultivo de maconha em várias regiões do Paraguai, mas são os estados de Amambay, Canindeyu e San Pedro os maiores produtores. A terra é fértil, considerada ideal para o plantio da erva.

O tour que Alexandre de Morais faz hoje, acompanhado pelo secretário estadual de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, José Carlos Barbosa, já foi percorrido por dezenas de autoridades brasileiras.

Desde 2001 a Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai leva jornalistas, policiais e políticos brasileiros para acompanhar o trabalho de corte e queima de roças de maconha nos arredores de Capitán Bado.

Entretanto, as ações têm pouco efeito prático e todos os anos as apreensões da droga em Mato Grosso do Sul batem recordes. Só o DOF (Departamento de Operações de Fronteira) apreendeu 64 toneladas de maconha nos últimos 12 meses.

Não existe uma estimativa confiável de quantos hectares são ocupados com maconha no Paraguai. Sabe-se que um hectare produz no mínimo três toneladas.

No dia 30 de junho deste ano, lavouras de maconha, acampamentos usados pelos traficantes para preparar os tabletes e grande quantidade da droga picada foram destruídos por agentes da Polícia Nacional do Paraguai no departamento de Concepción.

De acordo com a Senad, foram destruídos pelo menos 5.560 kg de maconha já colhida. Os agentes também fizeram o corte e destruição de seis hectares em estágio de colheita e dois hectares da planta em fase de crescimento.

Agenda do ministro – Alexandre Moraes chega às 10h no aeroporto de Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande, de onde segue para Pedro Juan Caballero para uma ação conjunta de destruição de plantações de maconha.

Nesta manhã, autoridades paraguaias informaram que a reunião entre o ministro e autoridades paraguaias foi cancelada porque o ministro da Senad, Luiz Rojas, não virá mais a Pedro Juan Caballero. Com isso, Morais deve ir direto de Pedro Juan Caballero para as lavouras de maconha, de helicóptero.

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