ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 27º

Interior

Secretaria dos Direitos Humanos confirma visita de comitiva a índios

Marta Ferreira | 22/11/2011 16:25
Acampamento onde Nisio Gomes, que está desaparecido, vivia, será visitado amanhã por comitiva do Governo Federal. (Foto: Divulgação Cimi)
Acampamento onde Nisio Gomes, que está desaparecido, vivia, será visitado amanhã por comitiva do Governo Federal. (Foto: Divulgação Cimi)

A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República confirmou nesta tarde a vinda de uma comitiva para Mato Grosso do Sul, amanhã, que vai visitar o acampamento indígena Guaiviry, cuja liderança Nisio Gomes, de 59 anos, está desaparecido desde sexta-feira, após um ataque de pistoleiros, segundo os relatos da comunidade.

A informação inicial é de que a ministra Mária do Rosário viria, mas a secretaria informou que a comitiva terá o Secretário-executivo da pasta, Ramaís de Castro Silva, oo ouvidor nacional dos Direitos Humanos, Domingos da Silveira, e a coordenadora-geral de Proteção a Defensores de Direitos Humanos da SDH, Clarissa Jokowski.

O objetivo da visita, de acordo com Ramaís é fazer um reconhecimento da situação na região, ouvir as lideranças indígenas e acompanhar as investigações sobre o caso para evitar que novas ocorrências semelhantes na região. A visita à comunidade deverá ocorrer às 13h.

"Não vamos tolerar qualquer tipo de violência contra a população indígena. Este tipo de coisa não cabe mais no Estado brasileiro", afirmou Ramaís, acrescentando que a Política Federal já está investigando o caso.

O índios, da etnia Guarany-Kaiowa, afirmam que o cacique Nísio Gomes foi morto a tiros durante após o acampamento ser atacado por cerca de 40 homens. Eles relatam ainda que o corpo do cacique foi colocado em uma caminhonete e levado pelos bandidos. Outros indígenas também foram feridos.

A Polícia Federal abriu inquérito para investigar o caso. O superintendente da Corporação, Edgar Paulo Marcon, foi hoje para a região.

A perícia policial colheu fragmentos de munição e vestígios de sangue. Exames devem apontar se as amostras são de material humano.

O acampamento ocupa uma área de 20 hectares, situada entre fazendas nos municípios de Aral Moreira e Amambai, que estão em fase de estudo para identificação como terra indígena.

Nos siga no Google Notícias