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Interior

Sem-terra continuam em área ocupada em Itaquiraí e esperam mais prazo

Paula Vitorino | 23/10/2011 13:02

As 240 famílias de brasiguaios, como são conhecidos os sem-terra da área de fronteira com o Paraguai, continuam na fazenda Mestiço, em Itaquiraí, e querem mais prazo da Justiça para a desocupação. Os integrantes do MST (Movimento Sem-Terra) tinham até hoje para deixar a área, que foi invadida no dia 14.

A ordem de despejo foi emitida na sexta-feira (21), mas segundo os ocupantes, ainda não foi vista nenhuma movimentação de despejo.

De acordo com um coordenadores do MST, José Campos, os ocupantes esperam conseguir derrubar a ordem de despejo ou ao menos ter mais prazo da Justiça.

A justificativa para o maior prazo é a espera da definição do Incra sobre a concessão da terra aos invasores. Eles querem que o órgão negocie a área ocupada para a regularização da moradia na terra e até que a resolução seja definida eles possam permanecer na fazenda.

Mas se a reivindicação não for atendida, o MST diz que não irá resistir à retirada, mas que estão dispostos ao confronto caso funcionários da fazenda recebam ordens para desmontar os barracos onde as famílias estão morando.

Na decisão de reintegração de posse o juiz autoriza o dono da fazenda a desfazer os barracões. Em caso de descumprimento da decisão ou de nova invasão, a multa estipulada é de R$ 5 mil.

O grupo estava desde o início do ano passado às margens da rodovia BR-163, também em Itaquiraí, e resolveu entrar na área para pressionar pelo assentamento na região.

No ano passado, os brasiguaios surgiram após várias famílias do Paraguai virem para Mato Grosso do Sul. Elas foram expulsas do Paraguai, alegando perseguição por milícias contrárias à presença de estrangeiros e acamparam na BR-163.

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