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Interior

Servir café da manhã não é padrão de mercado, diz Fibria sobre corte

Caroline Maldonado | 09/02/2015 12:44
Em outubro de 2014, os funcionários da Fibria e das duas outras com unidade no município, a Eldorado Brasil e a International Paper, fizeram protestos pedindo reajuste salarial de 8,33% (Foto: Divulgação/Sititrel)
Em outubro de 2014, os funcionários da Fibria e das duas outras com unidade no município, a Eldorado Brasil e a International Paper, fizeram protestos pedindo reajuste salarial de 8,33% (Foto: Divulgação/Sititrel)

A indústria de papel e celulose Fibria emitiu nota justificando o corte do café da manhã, servido a funcionários e terceirizados da unidade, em Três Lagoas, a 338 quilômetros de Campo Grande. O desjejum não será mais oferecido a partir da próximo domingo (15). O serviço será suspenso, segundo a Fibria, porque não é prática comum no mercado.

A informação, passada pela empresa na última sexta-feira (6), surpreendeu os empregados, que consideram a atitude um retrocesso. O café é servido as 8h para cerca de 120 funcionários do setor administrativo, outros 180 da manutenção e produção de celulose, além de terceirizados, segundo o presidente do Sititrel (Sindicato das Trabalhadores nas Indústrias de Papel e Celulose), Almir Morgão.

Conforme a Fibria, a decisão de suspender o café se deu com base em estudos realizados, periodicamente, para comparativos de vários processos, entre eles, o de alimentação. “Como resultado dessas análises, o oferecimento do desjejum será descontinuado, alinhando a prática aos padrões de mercado”, diz a nota enviada pela empresa.

O desjejum não é beneficio previsto no acordo coletivo e, portanto, não é obrigação da empresa. Ainda assim, Almir acredita que os gastos como o serviço são pequenos em vista do porte da indústria, que é uma das maiores do Brasil no setor.

“Infelizmente a Fibria vem tendo atitudes retrógradas que desapontam, desestimulam o trabalhador e apequena sua história diante da sociedade. Uma empresa que já foi motivo de orgulho, hoje, constrói uma imagem negativa”, lamenta o presidente da entidade, ao lembrar a briga na Justiça pelo reajuste salarial.

Na Justiça - Em outubro de 2014, os funcionários da Fibria e das duas outras com unidade no município, a Eldorado Brasil e a International Paper, fizeram protestos pedindo reajuste salarial de 8,33%, que daria aumento real de 2%. No entanto, as empresas ofereceram acréscimo de 7%, que representa 0,63% de ganho real.
As empresas não cederam e o caso está na Justiça do Trabalho. Uma audiência em Campo Grande, que estava marcada para o dia 26 de fevereiro, foi adiada para o dia dois de março deste ano, segundo Almir.

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