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Interior

Sindicato diz que greve de professores fecha 22 escolas e chega às aldeias

Prefeitura insiste em abrir negociação apenas após o fim da paralisação e diz que greve prejudica os estudantes

Helio de Freitas, de Dourados | 27/06/2016 11:26
Professores protestaram hoje em avenidas de Dourados (Foto: Divulgação)
Professores protestaram hoje em avenidas de Dourados (Foto: Divulgação)

Pelo menos 22 das 45 escolas de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande, estão sem aula por causa da greve de professores e funcionários administrativos da Rede Municipal de Ensino, iniciada na quinta-feira (23).

De acordo com o Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação) de Dourados, até sexta-feira eram 18 escolas com aulas paralisadas, mas hoje (27), os servidores e outras quatro aderiram à greve – duas localizadas na cidade e duas na reserva indígena, onde existem sete escolas.

A mobilização dos educadores douradenses reivindica implantação do piso nacional para 20 horas semanais – atualmente o município paga o piso, mas por 40 horas de trabalho por semana. Segundo o Simted, o município assumiu o compromisso de adotar o piso para 20 horas, mas o acordo não teria sido cumprido.

A categoria cobra também o reajuste salarial dos funcionários administrativos, já que o aumento de 11,36% concedido em abril beneficiou apenas os professores.

Conforme a assessoria do sindicato, a paralisação também atinge os centros de educação infantil, que estariam funcionando parcialmente com estagiários, “o que seria irregular”, segundo o Simted. Uma assembleia foi marcada para amanhã e o sindicato espera mais adesões.

Hoje de manhã, os grevistas voltaram a protestar na Praça Antonio João, Centro de Dourados, onde já tinham feito uma manifestação ontem à noite, durante a chegada da tocha olímpica. Conforme a assessoria, agora às 11h15 uma comissão de professores será recebida por vereadores, na Câmara Municipal.

Negocia se greve acabar – O secretário de Agricultura Familiar, Landmark Ferreira Rios, que faz parte da comissão criada pela prefeitura para conversar com os grevistas, disse que a administração municipal está “de portas abertas” para negociar com os educadores, mas para isso quer o retorno ao trabalho.

“O prefeito [Murilo Zauith, do PSB] entende que a greve é ruim para todo mundo e principalmente para os estudantes. Estamos abertos ao diálogo, mas vamos abrir a negociação e mostrar a real situação das finanças do município assim que a greve for encerrada”, afirmou Landmark, um dos representantes do PT na administração de Dourados.

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