Soldado que matou comandante da PM é transferido para Presídio Militar
Apontado como o assassino do comandante da Polícia Militar de Cassilândia, tenente Mário José Eufrásio da Silva, o soldado Adriano Paulo da Silva, de 34 anos, foi transferido no início da tarde para o Presídio Militar em Campo Grande.
Um inquérito militar será instaurado e encaminhado para a Justiça. Ainda não está claro sobre qual instância julgará o soldado, se será a Justiça Comum ou a Militar. O soldado não estava de serviço quando cometeu o crime.
Segundo a chefe da sessão comunicação social da PM, Major Sandra Regina Alt, a própria Justiça Militar poderá declinar de julgar Adriano Paulo da Silva e o caso seguir para a Justiça Comum.
O prazo para o inquérito ser concluído é de 40 dias, podendo ser prorrogado por mais 20. No entanto, esse período sofre uma redução pelo fato de o réu estar preso, explicou a PM.
Já a Polícia Civil de Cassilândia afirma que o soldado responderá pelo crime na Justiça Comum e irá a júri popular.
Um policial disse que a transferência de Adriano para o Presídio Militar teve o objetivo de proteger a integridade física do acusado. “Ele provavelmente não ficaria vivo em meio a presos comuns”, afirmou. O crime revoltou a população.
O comandante da PM foi morto na madrugada deste sábado com três tiros à queima-roupa. Adriano Paulo da Silva foi preso em flagrante.
Tudo começou quando o soldado se envolveu em uma ocorrência de violência doméstica com a esposa. Militares em plantão foram acionados para irem à casa do soldado.
Só que o clima ficou tenso e o comandante da unidade foi chamado para ajudar a acalmar o subalterno. Mesmo em férias, Eufrásio foi ao local, desarmado, e acabou morto pelo subalterno.