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Interior

Suspeito de matar índia com 35 facadas continua desaparecido da polícia

Helio de Freitas, de Dourados | 15/12/2014 10:28
Marinalva Manoel foi assassinada com 35 facadas no dia 1º de novembro e único suspeito é o companheiro dela (Foto: Reprodução)
Marinalva Manoel foi assassinada com 35 facadas no dia 1º de novembro e único suspeito é o companheiro dela (Foto: Reprodução)

O homem apontado como o autor assassinato da índia kaiowá Marinalva Manoel, 27 anos, ocorrido no dia 1º de novembro em Dourados, a 233 km de Campo Grande, ainda não foi localizado pela polícia. Ela foi morta com pelo menos 35 golpes de faca e o corpo localizado às margens da BR-163, na saída para a capital.

Responsável pelas investigações, o delegado Edmar Batistela, do 2º Distrito Policial de Dourados, informou ao Campo Grande News que até agora o Poder Judiciário não se pronunciou sobre o pedido de prisão temporária do suspeito, cuja identidade não foi divulgada. “Mesmo sem o mandado de prisão nós estamos à procura do acusado”, disse ele. O pedido de prisão foi feito há um mês.

O delegado informou que pediu prorrogação do prazo para concluir o inquérito e garante que todos os indícios apontam para crime passional, sem ligações com o conflito por terra.

Marinalva havia morado no acampamento indígena existente próximo ao local onde foi assassinada, fato que suscitou em âmbito nacional especulações de que a morte teria ligações com a disputa por demarcações. Quando foi morta, estaria vivendo com o companheiro, fora do acampamento.

Edmar Batistela revelou também que o líder do acampamento desmentiu em depoimento à polícia que Marinalva tivesse participado, poucos dias antes de morrer, do protesto feito no STF (Supremo Tribunal Federal), em Brasília, contra decisão da Corte que afeta as demarcações de terras indígenas no país. “O cacique deles disse em depoimento que ela nunca esteve em Brasília”, afirmou o delegado.

A morte ganhou repercussão internacional após a representante da ONU Mulheres Brasil, Nadine Gasman, cobrar “rigor” e “celeridade” na investigação. Em nota oficial, Nadine apontou Marinalva Manoel como uma ativista dos direitos indígenas e defensora da demarcação da terra indígena Ñu Verá, onde familiares da mulher estão acampados, próximo ao perímetro urbano de Dourados.

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