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Interior

Unidade da siderúrgica Vetorial fecha as portas e 195 são demitidos

Liana Feitosa | 28/01/2015 16:43
Anúncio foi feito nesta quarta-feira (28). (Foto: Rio Pardo News)
Anúncio foi feito nesta quarta-feira (28). (Foto: Rio Pardo News)

O diretor-presidente da Vetorial, indústria produtora de ferro-gusa, anunciou nesta quarta-feira (28) que os dois alto fornos da usina siderúrgica não serão reabertos e não tem prazo para voltar a funcionar em Ribas do Rio Pardo, município a 103 quilômetros de Campo Grande. De acordo com o jornal Rio Pardo News, 195 funcionários serão demitidos no próximo mês.

Antes, a expectativa era que, no próximo mês, a siderúrgica fosse reaberta depois de quatro meses parada.Desde o último mês de setembro, 195 trabalhadores estavam recebendo através do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), época em que o Grupo Vetorial deu férias coletiva a 144 dos seus 229 colaboradores.

Desempregados - Sendo assim, 195 funcionários estarão desempregados a partir de 28 de fevereiro, ainda de acordo com o Rio Pardo News. O anuncio foi feito durante reunião na Câmara de Vereadores de Ribas do Rio Pardo pelo diretor-proprietário, Gustavo Correa Trindade.

Antes disso, Trindade comunicou a decisão ao prefeito Zé Cabelo (PSDB) em reunião na Prefeitura. O anúncio também foi feito, previamente, aos vereadores na sala do presidente da Câmara, Sebastião Roberto Collis.
Com semblante entristecido e preocupado, Trindade resgatou fatos históricos da usina e classificou Ribas do Rio Pardo como “berço” do Grupo Vetorial.

Motivos - De acordo com o diretor, a crise que afeta a comercialização do produto final da empresa, que é o ferro-gusa, impede sua reabertura. "Infelizmente, a situação de mercado do Brasil para ferro-gusa, do mundo também, só pioraram. Nós não estamos conseguindo vender ferro-gusa, os preços estão muito baixos", contou.

Diretor-presidente da empresa atribui interrupção nas atividades à crise econômica. (Foto: Rio Pardo News)
Diretor-presidente da empresa atribui interrupção nas atividades à crise econômica. (Foto: Rio Pardo News)

Ainda segundo o jornal, Trindade ressaltou que a atual situação econômica do País impossibilita o funcionamento da usina. Por outro lado, afirmou que as administrações municipal e estadual não interferiram na decisão. “O novo governador (Azambuja) nos ofereceu maiores incentivos, mas mesmo assim dependemos de melhora no mercado nacional e internacional para manter as portas em Ribas abertas”, finalizou.

Problema antigo - Na época em que o foi anunciada férias coletivas, o grupo já citava a economia nacional como uma barreira para a sobrevivência da usina.

"A conjuntura macroeconômica do país é desfavorável para a indústria como um todo, o que naturalmente reflete nas vendas. Sem contar que estamos em um cenário pós-Copa e pré-eleição, com a economia em queda. Diante disso, a Vetorial decidiu aguardar uma reação da economia para decidir como agir", disse a assessoria de comunicação da empresa em agosto do ano passado.

Vetorial - O Grupo Vetorial atua no setor mínero-siderúrgico e produz minério de ferro, carvão vegetal e ferro-gusa a carvão vegetal. O grupo é um dos maiores produtores independentes de ferro-gusa no Brasil.

A Vetorial Siderurgia concentra a produção de ferro-gusa e tem capacidade instalada total de produção de 760 mil toneladas anuais de ferro-gusa em três unidades em Mato Grosso do Sul: Campo Grande, Corumbá e Água Clara, além de Ribas do Rio Pardo.

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