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Interior

Usina de energia deve gerar R$ 65 milhões de receita ao ano para o município

Termoelétrica não oferece riscos ambientais à região pantaneira, avalia Imasul

Elci Holsback | 02/12/2016 17:30
UTE será construída em zona rural de Ladário (Foto: Diário Corumbaense)
UTE será construída em zona rural de Ladário (Foto: Diário Corumbaense)

A instalação da usina termoelétrica em Ladário, município distante 419 Km de Campo Grande e localizado no pantanal sul-mato-grossense prevê incremento de R$ 65 milhões ao ano na economia do município a médio prazo, segundo o prefeito José Antônio Assad e Faria (PT). O assunto foi debatido em audiência pública promovida pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) na noite desta quinta-feira (1°). 

"A equipe técnica da usina nos apresentou estudos interessantes sobre os possíveis impactos ambientais e vários aspectos sobre a instalação da indústria. Os impactos ambientais serão mínimos e, em contrapartida, há projetos para desenvolvimento e preservação ambiental da região. Outro ponto importante é o estímulo à atividade econômica, pois, além do aumento da receita, novos investidores também podem vir para a cidade", avalia Faria.

O prefeito adianta ainda que os repasses da UTE Fronteira (Usina Termoelétrica) devem chegar a R$ 3 bilhões ao ano para o governo Federal e R$ 700 milhões ao ano para o governo do Estado. Caso a indústria adquira a licença ambiental e seja contemplada em leilão da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para executar a instalação, as obras iniciam em 2018, com início das atividades previsto para 2022, com previsão de funcionamento de 20 anos.

"Para a execução da planta é necessário que a empresa tenha o combustível para atuação, o que já está adequado, licença ambiental da área e ainda ser sorteada em leilão da Aneel, que já avaliou a viabilidade da instalação", comenta.

Para incentivar a contratação de mão-de-obra local, a prefeitura irá buscar parcerias com a UFMS (Universidade Fedral de Mato Grosso do Sul), Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul) e Sesi (Serviço Social da Indústria). "Pretendemos estimular programa de empregabilidade local, oferecendo profissionais habilitados para trabalhar no empreendimento", avalia.

Estudo ambiental - De acordo com avaliação do Imasul, uma série de fatores são avaliados antes da instalação de indústria deste porte e segmento, contudo, os impactos ambientais do empreendimento são considerados mínimos. "Hoje em dia, as térmicas tem caracteristica de impacto totalmente difrerentes do passado, quando eram movidas a carvão por exemplo. Há tecnologias novas e o gás natural não traz danos ao meio ambiente", avalia o diretor de licenciamento do Imasul, Ricardo Éboli. 

O diretor alerta ainda que o empreendimento está dentro dos padrões de emissão de gás, mas que o Imasul manterá fiscalização."Todo empreendimento tem algum tipo de impacto, mas esse está dentro dos patrões de emissão. Mesmo sendo em Ladário, a emissão de gases não será prejudicial ao meio ambiente, não vamos permitir", finaliza o diretor.

A Embrapa e a UFMS serão acionadas pela prefeitura para colaborar nos estudos do Imasul quanto aos fatores ambientais envolvidos no projeto de instalação da UTE Fronteira.

Com capacidade de geração de energia prevista em 266 kv - o suficiente para abastecer um município com 800 mil habitantes, a UTE Fronteira tem previsão de instalação na zona rural de Ladário, no quilômetro 516 da BR-262. A previsão inicial é do empreendimento gerar 2 mil empregos diretos e indiretos já na fase de construção.

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