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Interior

Vendedora vai à polícia após cliente dizer que lugar de preto é na senzala

Liana Feitosa | 15/11/2015 14:22

Uma mulher de 27 anos registrou boletim de ocorrência contra um homem de 54 alegando ser vítima de racismo na loja onde ela trabalha, que fica na rua Marechal Floriano, Centro de Ponta Porã, 323 quilômetros de Campo Grande.

De acordo com o boletim de ocorrência, por volta das 14h30 de ontem (14), a mulher se dirigiu ao acusado para atendê-lo na loja. No entanto, ele afirmou que queria ser atendido por uma "moça branca do cabelo preto".

Nesse momento, a vítima indicou que uma colega de trabalho fizesse o atendimento. A amiga da vítima observava a cena e foi recusada pelo homem. "Não quero, ela é tão feia quanto você", disse o homem.

A vítima novamente se colocou à disposição do cliente, mas, então, ele respondeu: "não, não quero que você me atenda, não, pretinha".

O agressor, então, decidiu andar pela loja, mas logo voltou para perto de onde as atendentes estavam e aceitou ser atendido pela mulher, mas não deixou de usar palavras ofensivas contra a atendente, se referindo ao cabelo dela como sarará e bombril.

Em determinado momento, afirmou que a mulher deveria estar na senzala. "Sabia que você não deveria estar aqui? Você deveria estar na senzala porque lugar de preto é na senzala".

Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, o homem começou a rir e falar palavras ofensivas à amiga da vítima, dizendo que só existem mulheres feias na loja. Ao sair da loja, se despediu dizendo "tchau, mulher do Saci".

O caso foi registrado na 1ª Delegacia de Ponta Porã como injúria, que é crime que usa elementos referentes à raça, cor, etnia, religião ou origem.

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