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Interior

Vereador denuncia ameaça após votar contra cassação de aliado do prefeito

Paulo Yafusso | 06/08/2015 15:12
Moradores acompanharam a sessão em que o pedido de cassação foi votada (Foto: Divulgação)
Moradores acompanharam a sessão em que o pedido de cassação foi votada (Foto: Divulgação)

A tentativa de cassar o mandato de um vereador de Paranhos, a 469 quilômetros de Campo Grande, acabou parando na delegacia, com o parlamentar que teve papel importante no processo registrando queixa de ameaça de morte e calúnia. No legislativo formado por 9 vereadores, o PSDB, principal partido de oposição ao prefeito Júlio César de Souza (PDT), tem cinco integrantes e conseguiu a instalação de uma Comissão Processante para afastar o vereador Fidêncio Moraga (PRP), que se licenciou para assumir a Secretaria de Governo na Prefeitura.

Seriam necessários cinco votos para a cassação, mas para a surpresa da maioria o tucano Osmar Cordeiro votou contra os colegas, e evitou a perda de mandato de Moraga. Os correligionários do prefeito acreditavam que teriam o voto do vereador Dinho (PMDB), por ser ele amigo íntimo da família Moraga. Mas ele acabou acompanhando a oposição, que saiu derrotada.

A sessão em que foi votado pedido de cassação do mandato do vereador Fidêncio foi na última segunda-feira e de lá para cá Osmar diz que passou a receber ameaças, inclusive de morte, por telefone, pessoalmente e por meio de bilhetes jogados debaixo da casa dele. Por isso, ontem ele procurou a delegacia de polícia para registrar queixa por ameaça e também por calúnia. Ele afirma que algumas pessoas que queriam a cassação de Fidêncio postaram nas redes sociais acusação de que ele teria recebido propina para votar contra a cassação.

“A pior covardia de um ser humano é não respeitar as opiniões de outros e querer calar de maneira estúpidas com pressões e ameaças. Quero dizer a estas pessoas que não me sinto intimidado por tamanha covardia e vou continuar votando naquela casa de leis de acordo com a minha consciência”, afirmou Osmar Cordeiro.

A Comissão Processante foi criada há 90 dias, sob a acusação de irregularidades na compra de produtos para a merenda escolar. Segundo a Comissão, a Prefeitura estava adquirindo gêneros alimentícios do mercado que seria na verdade dele, mas que está em nome do filho Bruno Moraga. Ele nega a acusação. A família Moraga é dona do segundo maior mercado da cidade, e possui outros estabelecimentos.

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