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Interior

Vigilância acompanha 20 pessoas que foram atacadas por cães infectados

Liana Feitosa | 22/04/2015 13:11
Campanha de vacinação, que ocorre geralmente em setembro, foi antecipada devido a surto. (Foto: Anderson Gallo/Diário Corumbaense)
Campanha de vacinação, que ocorre geralmente em setembro, foi antecipada devido a surto. (Foto: Anderson Gallo/Diário Corumbaense)

Em Corumbá, cidade a 419 quilômetros de Campo Grande, foram confirmados, por exames laboratoriais, 9 casos de raiva canina. Vinte pessoas foram vítimas desses animais, ou seja, sofreram agressão por mordida, mas todas já iniciaram tratamento profilático para evitar a raiva humana, segundo a prefeitura da cidade.

Vivendo surto da doença, Corumbá iniciou série de medidas para evitar contágio ainda maior da infecção. Em vítimas de mordida, o tratamento imediato é feito com soro e aplicação de vacina. Essas pessoas estão sendo assistidas pelas equipes da vigilância epidemiológica.

Segundo a prefeitura, os nove casos confirmados foram registrados nas seguintes localidades: dois casos no bairro Nova Corumbá, dois no Popular Nova, um no bairro Aeroporto, um no Cristo Redentor, um no Universitário, um no Maria Leite e um no Nossa Senhora de Fátima.

Vizinho - No município de Ladário, também a 419 quilômetros de Campo Grande, foram confirmados três casos de raiva canina. Os cães eram semi domiciliados e não domiciliados, na faixa etária de 3 meses a 6 anos.

Também foi confirmado um caso de raiva bovina na zona rural da cidade, no assentamento Tamarineiro II. Entre os cães, oito apresentavam sintomatologia neurológica, ou seja, raiva furiosa. No entanto, um cão teve o comportamento compatível com a raiva paralítica, que é quando os sintomas se apresentam de forma leve.

Ao todo, 20 pessoas foram vítimas desses animais, ou seja, sofreram mordida, e todas já iniciaram o tratamento profilático para evitar a raiva humana. O tratamento imediato é feito com soro e aplicação de vacina. Essas pessoas estão sendo assistidas pelas equipes da vigilância epidemiológica.

Medidas emergenciaiss - Assim que o município registrou o primeiro caso, no dia 16 de março, percebeu-se a necessidade de buscar ajuda imediata e elaborar estratégias nas esferas federal, estadual e municipal, e até mesmo junto à Bolívia.

As vacinas caninas de Corumbá estavam com vencimento próximo, em 31 de março, e havia problemas de abastecimento de vacinas profiláticas em humanos a nível nacional, por isso, o município buscou ajuda com urgência.

Vacinação em massa - Além disso, a campanha de vacinação antirrábica de caninos e felinos casa a casa, prevista para o mês de setembro de acordo com o calendário nacional do Ministério da Saúde, foi antecipada.

Outra medida adotada, essa em parceria com a defensoria pública, é que, após vacinados os cães, os tutores desses animais tiveram que assinar termo de responsabilidade e monitoramento desse animal pelo médico veterinário do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) durante 180 dias, conforme novo protocolo Federal.

Para isso, foram reativados plantões de final de semana no CCZ. O médico veterinário passou a realizar o monitoramento dos cães em observação e atender demanda da população, ainda de acordo com a prefeitura.

Raiva humana - No último dia dia 13, um paciente com histórico de agressão há 60 dias, com data provável da agressão entre 10 e 13 de fevereiro deste ano, deu entrada no pronto socorro municipal.

O paciente sofreu a mordida, mas não procurou ajuda de nenhuma unidade de saúde para a realização do tratamento profilático. Apesar dos sintomas iniciarem entre os dias 9 e 10 de abril, o paciente procurou ajuda médica somente no dia 13, quando a doença já havia se manifestado.

Três dias depois, no dia 16, ele foi transferido ao Hospital Universitário em Campo Grande. O mesmo teve resultado de exame confirmado pelo Instituto Pasteur, de São Paulo, no último sábado (18).

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