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Interior

Viúva de produtor diz que acusado de homicídio cita amante para reduzir pena

Vania Galceran | 15/01/2015 18:33
Max como era conhecido, foi enterrado em uma chácara (Foto: Facebook)
Max como era conhecido, foi enterrado em uma chácara (Foto: Facebook)

A mulher do produtor rural  Maxmiliano Ramos, 45 anos, morto em Camapuã em outubro de 2014 disse hoje que o acusado de matar seu esposo, deverá recorrer a alegação de crime passional para amenizar a pena.

Patrícia Ramos contrariou todas as declarações dadas pelo advogado de Thiago Arruda Baez, de que ele estaria saindo com a amante de Max, e esse teria sido o motivo do crime.

Segundo depoimento de Thiago, que se entregou à polícia e confessou o crime, Maximiliano tinha uma amante chamada Adila e havia comentado que já estava tudo definitivamente acabado entre eles pois sua mulher já estava desconfiando da traição.

Foi aí que Thiago confessou ter “ficado” algumas vezes com Adila, o que deixou Maximiliano furioso e determinado a matar o colega.

De acordo com o advogado que cuida da defesa de Thiago, ao contrário do que a família da vítima disse, o crime não foi por dinheiro e sim passional. André Stuart afirmou que tem como provar, pois tem os comprovantes de pagamentos e de transferência que o acusado fez para o Maximiliano, porque eram parceiros de negócio.

"Foi quase um crime passional, no qual o Thiago teve de se defender pois estava ameaçado de morte pelo colega após descobrir que ele também havia namorado sua amante”, explicou o advogado André Stuart.

De acordo com o depoimento, a vítima carregava nas mãos um pedaço de pau e caminhava na direção de Thiago dizendo que iria matá-lo por ter saído com sua amante.

“O Maximiliano era uma pessoa de perfil agressivo, já quebrou nariz de um, bateu em outro, a própria esposa dizia que ele era agressivo e impulsivo. Num desentendimento, ele dizendo que iria matar, o Thiago não viu outra alternativa a não ser se defender”, acrescentou o advogado.

Patrícia disse que está indignada e inconformada com essa declaração. Apesar do momento de dor que ela e as filhas estão vivendo, vai entrar com um processo contra o advogado que está difamando sua vida.

"Eu nunca disse isso. Foram 18 anos de casamento, Max era um homem presente, atencioso, carinhoso, sempre fez questão de ficar próximo da família. A justiça do homem não vai falhar, e esse rapaz vai ser punido, eu espero isso", afirmou Patrícia.

Ela contou ainda a nossa reportagem, que sobre a dívida das 250 cabeças de gado compradas por Thiago e que não foi paga, ela tem em mãos os dois cheques que estão em cobrança judicial. Já o terceiro cheque de pouco mais de R$ 20 mil, Patrícia disse que estava na maleta que o esposo usava no dia do assassinato.

"Thiago premeditou tudo para não pagar a dívida. Matou meu marido com um tiro na cabeça e dois nas costas e esse advogado me fala em crime passional? Estou indignada e sofrendo muito", disse.

Thiago se entregou no final da tarde desta quarta-feira(14), na delegacia de Camapuã. O delegado que cuida do caso, Juliano Biácio, deve encaminhar nos próximos dias o inquérito para o Ministério Público.

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