ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  24    CAMPO GRANDE 30º

Interior

Zenilda, 52 anos, diz ter sido tratada como “lixo” na porta de banco

Renata Volpe Haddad | 18/08/2015 18:12
A autônoma Zenilda conta que nenhum funcionário do banco a ajudou. (Foto: O Pantaneiro/Divulgação)
A autônoma Zenilda conta que nenhum funcionário do banco a ajudou. (Foto: O Pantaneiro/Divulgação)
Zenilda tirou a roupa depois de tentar passar pela porta giratória por quatro vezes. (Foto: Direto das Ruas)
Zenilda tirou a roupa depois de tentar passar pela porta giratória por quatro vezes. (Foto: Direto das Ruas)

"Estou me sentindo ridicularizada, humilhada, pois ninguém da agência me ajudou, nenhum funcionário interviu na situação", assim a autônoma Zenilda Duarte Paulino, 52, descreve o que passou na manhã de hoje, quando precisou tirar a roupa para conseguir atravessar pela porta giratória do Banco do Brasil, em Aquidauana, distante 135 km de Campo Grande.

Zenilda explica ao Campo Grande News, que já trabalhou em banco e sabe como funciona os procedimentos para poder entrar na agência. "Já na fila eu tirei minhas pulseiras, colar e chaves de dentro da bolsa, mas não consegui passar", afirma.

Por mais três vezes, a autônoma tentou entrar e não conseguiu. "Eu pedi para os guardas olharem minha bolsa, tirei tudo que estava dentro. Não tinha nada que impedisse minha passagem, mas mesmo assim, não liberaram a porta", explica.

Em um momento de raiva, Zenilda resolveu tirar a roupa, deixando os pertences para trás. "Fiquei com raiva, na hora eu pensei que essa seria a única solução. Nenhum funcionário do banco me ajudou, chamaram a polícia para mim e o policial foi o único a pegar a minha roupa e me auxiliar no que eu deveria fazer, me senti um lixo", comenta.

Após a Polícia Militar chegar ao local, o gerente do banco apareceu, conta Zenilda. "Me colocaram em uma sala, me vesti, troquei meu cheque e sai chorando do banco, estava tão nervosa que não consegui pilotar minha moto, os policiais precisaram me levar à delegacia para eu poder registrar o boletim de ocorrência", ressalta.

A autônoma finaliza dizendo que é mãe de três filhos e nunca planejou tomar uma atitude como essa, mas precisa lutar pelos seus direitos.

Conforme a advogada de Zenilda, Letuza Becker Vieira, será movido um processo de danos morais, pois a atitude do banco é reprovável, sendo que limitou o acesso da cliente. "Ela ficou mais de 10 minutos tentando entrar na agência e como não conseguiu, tirou a roupa como forma de protesto", enfatiza.

A advogada explica que o objetivo não é enriquecer as custas do banco, mas é uma forma de punição para isso não voltar a acontecer, pois feriu a integridade moral da cliente e o código de defesa do consumidor.

Nos siga no Google Notícias